"Nada pode ser mais complexo que um poema,
organismo superlativo absoluto vivo,
apenas com palavras,
apenas com palavras despropositadas,
movimentos milagrosos de míseras vogais e consoantes,
nada mais que isso,
música,
e o silêncio por ela fora."
Herberto Helder, in Servidões
Azul. Escuro, como deve ser para Herberto. E preto. Uma árvore. Azul e preta, claro. Só as letras são brancas. Autor, título, editora. Dentro? Dentro são os poemas e "nada pode ser mais complexo do que um poema". Mas nos poemas há "música, e o silêncio por ela fora".
SERVIDÕES
ResponderEliminar“e logo [mo] roubaram,
logo me perderam o pequeno achado,
mas ninguém me rouba a alma”.
Herberto, sempre perturbadoramente belo!
EliminarBeijinhos Marianos, Legionário! :)
É esse o desejo que move os poetas. fazer soar a melodia do silêncio.
ResponderEliminarE fazem-no tão bem, alguns!
EliminarBeijinhos Marianos, JM! :)
Silêncio ensurdecedor :)
ResponderEliminarAh, mas ensurdecedoramente bom!
EliminarBeijinhos Marianos, Ness!
Há sim, há música e o silêncio por ela fora. E ainda há aquilo que queremos ler, pois a poesia é, por si só, aquilo que a gente sente, para lá das vogais e das consoantes.
ResponderEliminarBeijinho
Por isso gosto tanto de poesia!
EliminarBeijinhos Marianos, JP! :)
E há também as cores...
ResponderEliminarBeijinho:)
As cores dentro das palavras!
EliminarBeijinhos Marianos, je suis...noir! :)
A árvore azul e preta da Ilda David.
ResponderEliminarTambém ela, nos seus traços de luz, poderia dizer, como Herberto: "nenhuma linha é menos que outrora".
Boa noite, Maria :)
Porque o preto e o azul são cores vibrantes se usadas com mestria.
EliminarBeijinhos Marianos, Xil! :)
Que linda.
ResponderEliminarMuito! :))
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