Sólo la voz, la piel, la superficie
Pulida de las cosas.
Basta. No quiere más la oreja, que su cuenco
Rebalsaría y la mano ya no alcanza
A tocar más allá.
Distraída, resbala, acariciando
Y lentamente sabe del contorno.
Se retira saciada
Sin advertir el ulular inútil
De la cautividad de las entrañas
Ni el ímpetu del cuajo de la sangre
Que embiste la compuerta del borbotón, ni el nudo
Ya para siempre ciego del sollozo.
El que se va se lleva su memoria,
Su modo de ser río, de ser aire,
De ser adiós y nunca.
Hasta que un día otro lo para, lo detiene
Y lo reduce a voz, a piel, a superficie
Ofrecida, entregada, mientras dentro de sí
La oculta soledad aguarda y tiembla.
Rosario Castellanos
Pele, essa fina camada que separa dois mundos...
ResponderEliminarFina e tão sensível...
EliminarBeijinhos Marianos, Rogério!!
PS: Devias estar a repousar a vista! :)
"Na tua pele toda a terra treme
ResponderEliminaralguém fala com Deus alguém flutua
há um corpo a navegar e um anjo ao leme.
Das tuas coxas pode ver-se a Lua
contigo o mar ondula e o vento geme
e há um espírito a nascer de seres tão nua..."
Manuel Alegre
"- Magoamos sempre aqueles que amamos.
- O que queres dizer é que magoamos sempre aqueles de quem temos pena."
(James/Laura)
Twin Peaks - Os últimos sete dias de Laura Palmer David Lynch
Muitos depreciam Manuel Alegre como escritor. Eu adoro lê-lo, principalmente a poesia.
EliminarE... Twin Peaks é Twin Peaks!
Beijinhos Marianos, Legionário! :)
E que a pele sempre encontra a pele.
ResponderEliminarNada melhor, pois não? :)
EliminarBeijinhos Marianos, Loirinha! :)
Espera:)
ResponderEliminarBeijinhos:)
ps: na caixa de correio!
ResponderEliminarObrigada! Também é o que mais gosto! :)
EliminarBeijinhos repenicados (e Marianos, claro)! :)