Chegas com gaivotas
veleiro contra o vento
e tudo o mais sobra.
veleiro contra o vento
e tudo o mais sobra.
Cerro os olhos:
dentro das pálpebras
o desenho do teu rosto.
dentro das pálpebras
o desenho do teu rosto.
Teu corpo,
um aceno às aves
que alto voam.
um aceno às aves
que alto voam.
Sumptuosa coberta de seda
contra a minha pele, a tua.
contra a minha pele, a tua.
Com a sombra das árvores
confunde-se a seiva
e a sede que nos uniu.
confunde-se a seiva
e a sede que nos uniu.
Ficaram por colher
em tuas mãos as cores
exultantes do Verão.
em tuas mãos as cores
exultantes do Verão.
Lá fora a minha solidão
vagueia com a tua ausência.
vagueia com a tua ausência.
Levo a mão ao rosto
para enxugar uma lágrima tua.
para enxugar uma lágrima tua.
No teu rosto
leio com ternura a ruína
que ameaçou o meu.
leio com ternura a ruína
que ameaçou o meu.
Flor Campino
Tecem-se laços em toques rendilhados de ternura. Abraços com poemas de permeio. Chove lá fora. Porém, os pássaros ainda cantam, abrigados na copa das árvores.
"Chegas com gaivotas
ResponderEliminarveleiro contra o vento
e tudo o mais sobra."
Não me sobrou o resto, e li até ao fim...
Belo, o poema, não é? Um hino ao amor terno.
EliminarBeijinhos Marianos, Rogério! :)
Um assomo de ternura.
ResponderEliminarOu um arroubo! Arroubo é uma palavra maravilhosa! :)
EliminarBeijinhos Marianos, JM! :)