domingo, novembro 17, 2013

Alimento da saudade

Ilude a saudade enviando-lhe fotografias aparentemente banais.

Às vezes, embrulha-as em poesia com banda sonora.

“amarelas são as tardes”

são amarelas as tardes quentes de ti

teu corpo em espera ligeira nem pluma nem ave cântico de adormecimento oblíqua nuvem num céu de breve quentura e o sal também vem até onde a lava te celebrar e o amarelo da tarde restar tom de manteiga com açúcar derretido na pele no chão da minha boca espasmo delicioso amor intranquilo beijo sem lábios na ternura de palavras faladas amarelas são as tardes em que o meu corpo maduro te descobre transparente maracujá quente

quente de mim


Ondjaki

16 comentários:

  1. Um texto amarelo torrado, tom de tarde e quente

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    1. África em tons de amarelo... Ondjaki em beleza!

      Beijinhos Marianos, Rogério! :)

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  2. Está tudo bem, obrigado, e espero que por aqui também! 79 entradas em dois meses é muito respeitável de facto. Parece que tinhas muitas coisas a dizer, e ainda bem que as partilhaste.

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    1. Folgo em saber que estás bem! :)

      Beijinhos Marianos, Baladeur! :)

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  3. O amarelo é cor quente assim como a prosa.

    beijos

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    1. Deveras quente!

      Beijinhos Marianos e obrigada pela presença! :)

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  4. Saudades do tempo em que numa folha qualquer eu desenhava um sol amarelo :)

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    1. Saudades da ingenuidade da infâcia!!

      Beijinhos Marianos, Legionário! :)

      (Estás melhor?)

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    1. Eu também, por isso a uso! :)

      Beijinhos Marianos e obrigada pela visita! :)

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  6. Amar até a preto e branco
    em todas as estações

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    1. Ser amado também era bom... :)

      Beijinhos Marianos, MA! :)

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