- Como um fruto maduro?
- Sempre maduro, dando-se a trincar, suculento, macio, pronto a abrir-se em aromas e sabores intensos.
- Tudo isso, sou eu?
- Sim, tudo isto e muito mais, porque um fruto não tem alma, é só corpo. Um fruto não reage, só deixa que o tomemos e o comamos, sem mais.
Tu és muito mais do que um fruto. Tu és árvore, forte e segura, és folhagem fresca, és fruto sumarento, és Homem com coração terno e palavras intensas,
és menino em brincadeiras pueris...
- E tu, és como?
- Insensata, insegura... mas intensa, sempre intensa, na orla da vertigem, no olho do tufão, onde me perco em corropios, girando, girando, cúmulo de pensamentos, sentimentos, paixão!