Costumava subir a rua íngreme que levava à igreja a cada Domingo, logo que o Tone da Mila abria a pesada porta da frente. Quase corria, Maria Antónia, na ânsia de ser a primeira a ocupar um lugar no banco corrido junto ao altar. Rezava de olhos fechados, como se nada visse ou ouvisse, até durante a homilia. Era, também, a última a sair. Já o padre se desparamentava na sacristia e o Tone tinha apagado todas as luzes, extinguido todas as velas...
Saía, tal como chegara, em passo largo e apressado, quase correndo.
O povo da aldeia, sempre atento a todas as minudências Domingueiras, cochichava que a pobre tinha endoidado depois que a notícia da partida de Luís Carlos para a estranja, na companhia de Teresa, tinha sido divulgada pela prima Joaquina, sempre atenta às novidades chegadas por carta aos lares dos conterrâneos.
Essa assim de costas pareço eu. Juro!
ResponderEliminarNão me digas que andas a posar para o János!!! Huuuuummmmm...
EliminarBeijocas, Uvinha. :)
Maria, curiosa descrição dessa Maria Antónia, ainda existem clones dela neste Portugal. :))
ResponderEliminarE da tia Joaquina, Legionário. Essas é que são venenosas.
EliminarBeijos, meu caro. :)
O povo tem sempre que cochicar.
ResponderEliminarEu diria, o povinho.
EliminarBeijos, Luísa. :)
Por isso, por essas partidas
ResponderEliminare pelo cochichar das primas
que em todas as aldeias
há homilias, igrejas, capelas
e povo dentro delas
só não,
se todos abalaram
ou poucos são
os que ficaram
Poucos, sim, Rogério. Quase não há família inteira.
EliminarBeijos. :)
Maria Antónia não se importa com o cochichar, ela é que sabe da vida dela... :)
ResponderEliminarTambém acho, GM!
EliminarBeijos. :)
- Quem diria, o Luís Carlos, rapaz tão aprumado...
ResponderEliminar- Foi ela, a lambisgoia da Teresa, uma perdida, que lhe fez o ninho!