Maria do Carmo costumava sentar-se debaixo da laranjeira, nos dias soalheiros. Muitas páginas leu e muitos sonhos a embalaram à sombra daqueles ramos de onde pendiam laranjas doces, de umbigo. Quando tinha sede, estendia o braço e colhia uma, descascando-a com os dedos e comendo-a, gomo a gomo, deixando o sumo correr na garganta enquanto mastigava a polpa.
De vez em quando, parecia que uma laranjeira lhe nascia no peito, e que o seu corpo tinha raízes, ramos e frutos, pronto a abrigar , proteger e matar a sede a quem à sua sombra se viesse sentar.
Nota: Na laranjeira, havia pássaros, tal como no peito de Maria do Carmo.
Nota: Na laranjeira, havia pássaros, tal como no peito de Maria do Carmo.
Quando fui árvore tive esse mesmo sentimento, cá dentro
ResponderEliminaro resto foi como já te contei
Ser árvore faz de nós mais fortes.
ResponderEliminarBeijo, Rogério, e bom fim-de-semana. :)
Não fossem as raízes e os ramos que crescem em nós e o vento já nos teria arrancado do chão :)
ResponderEliminarBeijos Maria :)
O vento bem que tenta, I.
EliminarBeijos. :)
Gostei da sua laranjeira
ResponderEliminarBj
É frondosa e dá laranjas doces.
EliminarBeijos, MA.
Tão sábia rapariga, a Maria do Carmo que bem sabe o quanto faz bem em sentar-se debaixo da laranjeira =)
ResponderEliminarE mais ainda: aprender com ela a criar raízes, expandir ramos e gerar frutos - precisamos tanto de frutos doces e sumarentos! - e também abrigar pássaros para nos cantar nas manhãs da vida.
bjn amg
É uma aprendizagem de vida.
EliminarBeijos, Carmem. :)
Tenho várias laranjeiras assim...
ResponderEliminarBjs
Então, senta-te debaixo de uma, e deixa a imaginação voar.
EliminarBeijos, Ricardo. :)
Ai Maria, só ás Marias reconheço o poder da metamorfose. Gostei muito da tua Maria do Carmo Laranjeira :)
ResponderEliminarAcho que ela está a preparar-se para florir. As laranjas começam, agora, a perder o sumo para dar lugar às flores.
EliminarBeijos, Sandra, e obrigada. :)
Perdi a minha 'laranjeira' há algum tempo, a minha mãe, o meu porto de abrigo.
ResponderEliminar:( Fica a recordação. É pouco, bem sei.
EliminarAbraço apertado, Maria.
Gostei do texto e da música do João Sebastião !
ResponderEliminarObrigada, Ricardo. :)
EliminarBeijos. :)
E que perfume soltava Maria que não se sabia se de seus cabelos ou das flores que a laranjeira para ela abria.
ResponderEliminarBeijinhos Maria!
A flor de laranjeira tem um perfume muito peculiar, doce.
EliminarBeijos, Luís. :)
Maria do Carmo, fresca, doce, perfumada. :)
ResponderEliminarE com pássaros no peito, Luísa. :)
EliminarBeijos. :)
Uma laranjeira da Bahia, de fruto-mel. Por isso havia pássaros a chilrear como se fosse uma gaiola de janelas abertas. Os pássaros precisam de respirar. A M.ª do Carmo suspirava. E as formigas não vinham ao mel?
ResponderEliminarBoa noite, Maria. Atrasado, recompus as asas.
Sempre dono de palavras gentis, Agostinho. Obrigada.
EliminarBeijos. :)
Sempre dono de palavras gentis, Agostinho. Obrigada.
EliminarBeijos. :)