Abri os olhos e apenas me ouvi..ouvi o choro, ouvi o desespero.. Vi-me num mundo diferente do qual me habituei. Senti-me inseguro, solitário, mesmo rodeado de indivíduos e sem ter a mínima noção de sentimento. Quis voar, gritar, sair dali.. Para mim, o mundo era imperfeito, era escuro, só, injusto.. Um espaço cheio de degraus…Degraus pequenos mas grandes para mim. Olhei para cima, e via degraus ainda maiores, angustia, sofrimento..
De repente, ouvi um som de uma música cujo volume ia aumentando cada vez mais e mais, era Stairway to Heaven. Senti-me único, contente , o meu desespero fora-se por momentos..Parei, olhei, sorri. A letra desta música batia certo com este momento, não sabia o que pensar na altura. Preferi sorrir..O que significaria sorrir?
Fui pensando, fui crescendo, sem nunca ter conseguido responder a tal pergunta.
Um dia, tropecei num degrau, e quando ia a cair, um corrimão surgiu..
Gritei, estava tonto de tantas curvas, de tantos degraus, de ver a mesma parede. Uma parede branca, sem algo mais. Fiquei em silêncio, e ouvi um grito. Ouvi um grito que ficou comigo em pensamento. Não o conseguia esquecer..e mesma música como pano de fundo a “seguir-me”…
Deu-me força, coragem, esperança. Pensei que os degraus iriam diminuir e mais tarde acabar, que as curvas deixariam de existir. Então subi, subi, mas desiludi-me. Os degraus aumentaram , as curvas eram ainda maiores, senti-me só.
Um grito surgiu de novo, agarrei-me ao corrimão, olhei-o e pensei que não estava sozinho. Agarrei-me com força aquele corajoso corrimão que estava disposto a subir comigo.. e subi, subi e subi. Subi com força, garra, esperança, coragem e confiança. Tropecei vezes sem conta, vi os degraus a aumentar, vi as curvas enormes, mas não parei.. Olhei para cima, não via fim.
Parei, pensei.. Vi que aquela enorme parede não me abandonara, por mais simples que seja, ela não desistiu.. o corrimão não me deixou cair, nunca. Pensei que podia ser como eles, então corri… Vi uma luz, sorri. Sorri de novo, mas porquê?
Não desisti, corri e corri.. Acreditei e agora posso dizer que passei por todos aqueles degraus e nunca fiquei sozinho. Aprendi que os degraus não vão deixar de existir no resto do meu caminho e que as curvas se vão complicar mais, aprendi que vou ficar muito mais tonto mas não vou desistir.. Interroguei-me: ‘’Se fosse tudo a direito, qual seria a piada?’’ Olhei para baixo e vi que valeu a pena.
Plant & Page... ora aí está uma forma de voar... sem subir escadas, nem utilizar um Zeppelin... :)
ResponderEliminarBeijo
Nunca nos cansamos de os ouvir! :)
EliminarBeijinhos Marianos!
olhos nos dedos:)
ResponderEliminarO toque aguça a visão. :)
EliminarBeijinhos
Adorei.
ResponderEliminarObrigada, Loira mais destemida da blogosfera! :)
EliminarBeijinhos Marianos! :)
Abri os olhos e apenas me ouvi..ouvi o choro, ouvi o desespero.. Vi-me num mundo diferente do qual me habituei. Senti-me inseguro, solitário, mesmo rodeado de indivíduos e sem ter a mínima noção de sentimento. Quis voar, gritar, sair dali.. Para mim, o mundo era imperfeito, era escuro, só, injusto.. Um espaço cheio de degraus…Degraus pequenos mas grandes para mim. Olhei para cima, e via degraus ainda maiores, angustia, sofrimento..
ResponderEliminarDe repente, ouvi um som de uma música cujo volume ia aumentando cada vez mais e mais, era Stairway to Heaven. Senti-me único, contente , o meu desespero fora-se por momentos..Parei, olhei, sorri. A letra desta música batia certo com este momento, não sabia o que pensar na altura. Preferi sorrir..O que significaria sorrir?
Fui pensando, fui crescendo, sem nunca ter conseguido responder a tal pergunta.
Um dia, tropecei num degrau, e quando ia a cair, um corrimão surgiu..
Gritei, estava tonto de tantas curvas, de tantos degraus, de ver a mesma parede. Uma parede branca, sem algo mais. Fiquei em silêncio, e ouvi um grito. Ouvi um grito que ficou comigo em pensamento. Não o conseguia esquecer..e mesma música como pano de fundo a “seguir-me”…
Deu-me força, coragem, esperança. Pensei que os degraus iriam diminuir e mais tarde acabar, que as curvas deixariam de existir. Então subi, subi, mas desiludi-me. Os degraus aumentaram , as curvas eram ainda maiores, senti-me só.
Um grito surgiu de novo, agarrei-me ao corrimão, olhei-o e pensei que não estava sozinho. Agarrei-me com força aquele corajoso corrimão que estava disposto a subir comigo.. e subi, subi e subi. Subi com força, garra, esperança, coragem e confiança. Tropecei vezes sem conta, vi os degraus a aumentar, vi as curvas enormes, mas não parei.. Olhei para cima, não via fim.
Parei, pensei.. Vi que aquela enorme parede não me abandonara, por mais simples que seja, ela não desistiu.. o corrimão não me deixou cair, nunca. Pensei que podia ser como eles, então corri… Vi uma luz, sorri. Sorri de novo, mas porquê?
Não desisti, corri e corri.. Acreditei e agora posso dizer que passei por todos aqueles degraus e nunca fiquei sozinho. Aprendi que os degraus não vão deixar de existir no resto do meu caminho e que as curvas se vão complicar mais, aprendi que vou ficar muito mais tonto mas não vou desistir.. Interroguei-me: ‘’Se fosse tudo a direito, qual seria a piada?’’ Olhei para baixo e vi que valeu a pena.
Legionário, tens que criar um "canto" blogosférico só teu para escreveres. :))))
EliminarPercebi a mensagem optimista. :)
Beijinhos Marianos!