Ausência
Que rosas fugitivas foste ali:
Requeriam-te os tapetes - e vieste...
- Se me dói hoje o bem que me fizeste,
É justo, porque muito te devi.
Em que seda de afagos me envolvi
quando entraste, nas tardes que apareceste -
Como fui de percal quado me deste
Tua boca a beijar, que remordi...
Pensei que fosse o meu o teu cansaço -
Que seria entre nós um longo abraço
O tédio que, tão esbelta, te curvava...
E fugiste... Que importa? Se deixaste
A lembrança violeta que animaste, Onde a minha saudade a Cor se trava?...
(Mário Sá Carneiro)
(Nadir Afonso, A gaivota)
Que importam as lembranças se não estás?
Se o teu perfume já não permanece
na minha pele depois das horas roxas?
Se as lembranças já não importam, solta as amarras, deixa de contemplar os tons crepusculares e voa em direcção a novos horizontes...
ResponderEliminarLá está... a Luz... sempre essa temática recorrente :)
Beijo
As lembranças ficam sempre, doam ou não. :) Quanto á Luz, essa também permanece! :)
EliminarBeijinhos Marianos! :)
Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos
ResponderEliminarTens razão, Legionário! :)))
EliminarBeijinhos Marianos! :)