quinta-feira, outubro 24, 2013

Amor

Amor amado

Assim como os poentes
São rubros e as rosas,
Tão vivo é o meu amor por ti.
Com essa força atravesso
Todas as tempestades
E descubro em cada momento
A fonte da alegria.
No silêncio repito
O teu nome como um bálsamo
E sei que tu o meu repetes
como um apelo.
E o apelo não é vão
Pois com ele me dás as estradas
E os atalhos para chegar a ti.
Ao teu encontro vou
Com as rosas de Maio
Com as cerejas de Junho
Com as uvas de Setembro
E cada mês me dá para te levar
a sua novidade
Pois o amor faz novas todas as coisas.
Quando te não vejo vejo-te em todo o lado
E oiço-te em todas as vozes
Tu que és a única voz.
Em ti me refaço e me transformo
E fluo para ti como um grande rio
Na certeza de ti, que és o meu (a)mar. 


 Maria Teresa Dias Furtado

                                  (Amantes - João Werner)

Todos os (meus) atalhos levam a ti.
Todos os (meus) riachos desaguam no teu rio.  

12 comentários:

  1. Não conhecia...mas é uma bela declaração....

    Beijinho

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Há poetas que passam despercebidos e são muito bons.

      Beijinhos Marianos! :)

      Eliminar
  2. "Quando te não vejo vejo-te em todo o lado
    E oiço-te em todas as vozes"

    O acrílico também é delicioso !

    :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Bonito, o poema. :)
      João Werner tem obras muito interessantes.

      Beijinhos Marianos! :)

      Eliminar
  3. E foi precisamente a parte que o JM transcreveu que me chamou atenção de tão verdadeira que é... Sinto-a assim :)

    Um beijo, Maria :)

    ResponderEliminar

  4. Romance Matemático

    Dê-me o silêncio...
    Para eu dizer que nosso romance é como uma equação
    Em que ponho-me, insistentemente;
    A descobrir o valor de sua incógnita.
    Dê-me o silêncio...
    Para eu derrubar todos os axiomas;
    Que insistem em dizer que nosso amor é impossível.
    Dê-me o silêncio...
    Para eu dizer que você é o pivô de minha matriz escalonada;
    Que cada virtude que encontro em você
    É um determinante para nossa relação.
    Dê-me o silêncio...
    Para eu dizer que a função que rege minha vida
    Consiste em que cada elemento do seu domínio
    Está associado a um elemento de meu contra-domínio.
    Dê-me o silêncio...
    Para eu te mostrar que nossas retas paralelas se encontrarão no infinito.
    Dê-me o silêncio...
    Para eu dizer que quando contemplo a imagem de seu corpo,
    Meus batimentos cardíacos modelam uma cossenóide.
    Dê-me o silêncio...
    Para te provar que embora sejamos ângulos opostos pelo vértice,
    nossas medidas são iguais.
    Nesse instante me calo e quem diz tudo é você

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Um poema de amor em resposta a outro poema de amor.

      Beijinhos Marianos, Legionário! :)

      Eliminar
  5. http://youtu.be/xYBtj0muM8o

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Muito bela, José! Comovente!
      Obrigada!

      Beijinhos Marianos! :)

      Eliminar
  6. Respostas
    1. Também gostei! :)

      Beijinhos Marianos e obrigada pela visita! :)

      Eliminar