segunda-feira, fevereiro 09, 2015

Murais

Desde sempre os murais me entraram pelos olhos. Menina, ainda, via os fantásticos desenhos revolucionários pós-Abril, muitos deles de uma extraordinária qualidade e que hoje, lamentavelmente, só persistem em algumas fotografias e documentários, para além de na memória de um punhado de nós. As revoluções foram incubadoras dessa arte que a muitos parece menor e a América Latina, com destaque para o México, é um exemplo de expressão maior com aqueles que ficaram conhecidos como “muralistas”.
Foi após o derrube da ditadura de Porfirio Diaz, nos anos setenta do séc. XIX, que os murais explodiram de cor e ocuparam um lugar de destaque em edifícios por todo o México. Apoiado pelo ministro da Educação, José Vasconcelos, que acreditava ser o mural um forte símbolo da herança pré-colonial, o muralismo fortaleceu-se a partir do desenvolvimento de técnicas que, inclusivamente, integraram o estudo das pinturas que cobriam paredes de locais como o Templo dos Jaguares no Chichen-Itza e de outros marcos pré- colombianos.

O mural constitui-se como a forma de arte mais acessível a todos. O povo não tem que ir ao museu para ver arte, ela vai até ele, sempre intencionalmente significativa, instigadora do questionamento, da inquietação.
Do México à Nicarágua ou à Argentina, os murais fazem parte da história da arte que ultrapassou fronteiras e cujos nomes estão representados nos grandes museus de todo o mundo.
De entre os maiores muralistas escolhi destacar:

Diego Rivera (o controverso marido de Frida Kahlo), mexicano.

David Alfaro Siqueiros, mexicano.

Ricardo Carpani, argentino.

Italo Grassi, argentino.

Rodrigo Peñalba, nicaraguense.

Matus Frederico Vega, nicaraguense.



16 comentários:

  1. Olá Maria.
    Gostei muito da seleção.
    Por cá a maioria é só poluição visual, barulho.
    Há bons artistas, mas a maioria são adolescentes que tomaram conta dos muros para se digladiarem com mensagens que ninguém entende.
    Um abraço Maria tu.

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    1. Ah, mas há por aí uns artistas a merecerem uma parede! :)

      Beijos, Uvinha da franja! :)

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  2. Maria, infelizmente nos últimos anos em Portugal vê-se em certas paredes "murais das lamentações" de individuos sem a minima imaginação, que só danificam o património!:(

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    1. Sim, algumas, embora haja gente com muita qualidade à espera de ser vista. :)

      Beijo, Legionário! :)

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  3. Adoro! Por acaso existe perto de mim e por onde passo de bicicleta montes de vezes, um mural com a cara de um cão. Assim, só a cara do cão de olhos tristes... Fascina-me :)

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    1. Eus sabia que haveria testemunhos como o teu! Positivo em relação a algumas das coisas de hoje! :)

      Beijocas, GM! :)

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  4. Viva a Liberdade ! Gostei imenso desses murais, Maria. Obrigado

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  5. Lindos!

    (no facebook tenho um album de fotos com alguns murais e graffitis)

    https://www.facebook.com/rui.pascoal.31/media_set?set=a.10202189864294545.1073741833.1427404446&type=3

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    1. São, não são? :)

      (vou espreitar, obrigada)

      Beijinhos, Rui! :)

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  6. Bonitos, coloridos, com sentido.
    Os moralistas de cá têm fé amuralista.
    Um mural é um hino à liberdade.

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