Silêncio. Fechas os olhos e o silêncio tem, afinal, ruído. O vento agita o castanheiro e a nespereira onde os pássaros procuram abrigo, forçando-os a esvoaçar entre chilreios estridentes (pedaços de conversa de pássaro em tarde de Inverno soalheira). Ouve-se o crepitar das pinhas na lareira e, de longe a longe, as gargalhadas das crianças que brincam no quintal.
Fechamos os olhos e torna-se audível um sorriso.
Sorriso audível das folhas
Sorriso audível das folhas
Não és mais que a brisa ali
Se eu te olho e tu me olhas
Quem primeiro é que sorri?
O primeiro a sorrir ri.
Ri e olha de repente
Para fins de não olhar
Para onde nas folhas sente
O som do vento a passar
Tudo é vento e disfarçar.
Mas o olhar, de estar olhando
Onde não olha, voltou
E estamos os dois falando
Do que se não conversou
Isto acaba ou começou?
Fernando Pessoa
Em mim a plenitude do "silêncio" do mar cativa-me a alma!:)
ResponderEliminarBom fim de semana, Maria:))
E que belo dia, hoje, para ir até ao silêncio marítimo! :)
EliminarBeijinhos, Legionário! :)
Tão bom, Maria. O silêncio é tão bom. E o teu texto também.
ResponderEliminarBom fim de semana, Maria! :-)
Tranquilizador... (obrigada)
EliminarBeijos, Susaninha, e um excelente fim de semana para ti também! :)
O silêncio absoluto não seria suportável. Por isso se podem, em circunstâncias poéticas como estas, ouvir os sorrisos. :)
ResponderEliminarE é tão bom ouvir sorrisos!
EliminarBeijinhos, Luísa! :)
Tantos são os silêncios
ResponderEliminarUns terríveis, outros deliciosos.
EliminarBoa tarde, MA! :)
Audível o silêncio...
ResponderEliminarEnsurdecedor.por vezes...
EliminarBeijo, Ana! :)
Eu gosto do silencio mas,ai Maria,que,às vezes,até o silencio me enche de tanto barulho!E volto sempre para casa onde a acústica é sempre tão certa!
ResponderEliminarComo dise à Ana P, o silêncio pode ser ensurdecedor...
EliminarBeijinhos e bom fim de semana! :)