"Imagino que tenha sido em algum momento dessa manhã que meu pai copiou à mão o soneto de Borges que levava no bolso quando o mataram, ao lado da lista dos jurados de morte. O poema se chama 'Epitáfio' e diz assim:
Já somos a ausência que seremos. O pó elementar que nos ignora, que foi rubro de Adão, e que é agora todos os homens, e que não veremos
Já somos sobre a campa as duas datas do ínicio e do fim. O ataúde, a obscena corrupção que nos desnude, o pranto, e da morte suas bravatas
Não sou o insensato que se aferra ao som encantatório do seu nome. Penso com esperança em certo homem
que não há de saber o que eu fui na terra. Sob o cruel azul do firmamento consolo encontro neste pensamento"
Héctor Adab, in A ausência que seremos
Cara Condessa, às vezes combate-se o frio iludindo-se a escrita... Outras, o frio não nos deixa.
Tempo de "nim"
ResponderEliminar"Tem pó" ao não e
"Tem pó" ao sim
:))))))
EliminarBeijocas, Rogério, e bom restinho de Sexta-feira! :)
"O pó futuro, o pó em que nos havemos de converter, vêem-no os olhos; o pó presente, o pó que somos, nem os olhos o vêem nem o entendimento o alcança"
ResponderEliminarAntónio Vieira
Por acaso sou alérgica aos ácaros do pó! :P
EliminarBeijinhos, Legionário, e bom fim-de-semana! :)
Que se levante o pó
ResponderEliminarJá tarda.
EliminarTempo do nada,
ResponderEliminaro pó de nós.
Negativa como o termómetro de madrugada. :(
"Imagino que tenha sido em algum momento dessa manhã que meu pai copiou à mão o soneto de Borges que levava no bolso quando o mataram, ao lado da lista dos jurados de morte. O poema se chama 'Epitáfio' e diz assim:
ResponderEliminarJá somos a ausência que seremos.
O pó elementar que nos ignora,
que foi rubro de Adão, e que é agora
todos os homens, e que não veremos
Já somos sobre a campa as duas datas
do ínicio e do fim. O ataúde,
a obscena corrupção que nos desnude,
o pranto, e da morte suas bravatas
Não sou o insensato que se aferra
ao som encantatório do seu nome.
Penso com esperança em certo homem
que não há de saber o que eu fui na terra.
Sob o cruel azul do firmamento
consolo encontro neste pensamento"
Héctor Adab, in A ausência que seremos
Cara Condessa, às vezes combate-se o frio iludindo-se a escrita... Outras, o frio não nos deixa.
Há pós que sim
ResponderEliminarhá pós que não
Adília, sim.
:))))
Eliminar
ResponderEliminarEu prefiro... "pós de bem querer"... :))
(lembras-te disto?)
Beijinhos anti-alergénicos
(^^)
Se lembro! :D
EliminarBeijos de bem-querer, Afrodite! :)
Que fotografia fabulosa! Um tempo de sim, esse instante em que nos suga para dentro da sua geometria!
ResponderEliminarBeijinhos, Maria. :-)
O tempo, esse inevitável "sugador" da nossa vida! :)
EliminarBeijinhos, Susana! :)