(Marc Chagall)
A Curva dos Teus Olhos
A curva dos teus olhos dá a volta ao meu peito
É uma dança de roda e de doçura.
Berço nocturno e auréola do tempo,
Se já não sei tudo o que vivi
É que os teus olhos não me viram sempre.
Folhas do dia e musgos do orvalho,
Hastes de brisas, sorrisos de perfume,
Asas de luz cobrindo o mundo inteiro,
Barcos de céu e barcos do mar,
Caçadores dos sons e nascentes das cores.
Perfume esparso de um manancial de auroras
Abandonado sobre a palha dos astros,
Como o dia depende da inocência
O mundo inteiro depende dos teus olhos
E todo o meu sangue corre no teu olhar.
Paul Éluard, in "Algumas das Palavras"
Tradução de António Ramos Rosa
É quando percorro a curva dos teus olhos que se iluminam os meus.
Os olhos são os intérpretes do coração!:)
ResponderEliminarOs melhores...
EliminarBeijinhos, Legionário, e um bom ano! :)
Pena os meus olhos serem de feitio pontiagudo
ResponderEliminarFicaram assim, por dependerem do mundo imundo
Faz-me bem poemas de Éluard
arredondam-me o olhar
Um poema de amor arredonda sempre o olhar. :)
EliminarBeijinhos, Rogério! :)
"Quando a luz dos olhos meus e a luz dos olhos teus resolvem se encontrar..."
ResponderEliminarLembrei-me desta modinha. :)
Bom Ano, Maria!
E que bem que te lembraste! :)
EliminarBom 2015, Luísa! :)
Beijinhos. :)
Fantástica associação de imagem,palavras e sons*
ResponderEliminarObrigada, Til!
EliminarBeijos. :)
É na curva que eles
ResponderEliminarse encontram.
Na contemplação
do belo fixam-se
nos roseirais,
apesar da força centrífuga.