(David Wilcox)
Todo o dia me disseram dos desgostos, dos mortos, dos fantasmas. Sentados naquela mesa redonda estávamos quatro e três tinham mais do que outros tantos a acompanhá-los. Filhos no colo, pais apoiados no ombro, avós amparados no braço, maridos e namorados a deambular de um lado para o outro da sala. Não quis falar. Os meus desgostos, mortos e fantasmas ficaram lá dentro, na minha despensa, fechados. Ia lá querer que a avó Liliana, tão delicada, viesse conhecer o avô da Cristina, um brutamontes que dava com a bengala na mulher quando esta se atrasava com o almoço! Mesmo o António, aquele namorado parvo que metia dó, que costumava cantar o "Smoke on the water" (lá bom gosto musical tinha...) enquanto me segurava pela cintura e me abraçava, logo depois de regressado de casa da Joana, onde também cantara Pink Floyd e a abraçara pela cintura, não ia achar piada nenhuma ao namorado da Lena, aquele rapaz de ar enfermo que nunca se ria.
Todo o dia me disseram dos desgostos, dos mortos, dos fantasmas. Sentados naquela mesa redonda estávamos quatro e três tinham mais do que outros tantos a acompanhá-los. Filhos no colo, pais apoiados no ombro, avós amparados no braço, maridos e namorados a deambular de um lado para o outro da sala. Não quis falar. Os meus desgostos, mortos e fantasmas ficaram lá dentro, na minha despensa, fechados. Ia lá querer que a avó Liliana, tão delicada, viesse conhecer o avô da Cristina, um brutamontes que dava com a bengala na mulher quando esta se atrasava com o almoço! Mesmo o António, aquele namorado parvo que metia dó, que costumava cantar o "Smoke on the water" (lá bom gosto musical tinha...) enquanto me segurava pela cintura e me abraçava, logo depois de regressado de casa da Joana, onde também cantara Pink Floyd e a abraçara pela cintura, não ia achar piada nenhuma ao namorado da Lena, aquele rapaz de ar enfermo que nunca se ria.
Os filhos, até vá que não vá, à excepção do ranhoso do Gasparzinho que, não lhe bastando ter sempre o nariz cheio de moncos (até fazia bolas ao respirar, blhec), dava cabo de qualquer objecto que encontrasse pela frente, nem que fosse de aço!
Levantei-me da mesa e deixei-os todos lá, os três mais a cambada de gente que cada um trazia consigo. Ora, que vão para o Diabo que os carregue! Ou então, que os tranquem na despensa!
A classe média, é assim...
ResponderEliminar(blhec
acho uma interjeição um bocado "quéque")
Se é!
Eliminar("ca nojo", será melhor?) :P
Beijinhos Marianos, Rogério, nada queques! :)
É! É mais pró proletário :))
Eliminar"Classe média". É tudo e nada ao mesmo tempo. Por estes dias, está mais perto do nada que do tudo...!
ResponderEliminarÉ de uma certa mentalidade meio suburbana e idiota que se fala, digo eu, não da classe média em geral.
EliminarBeijinhos Marianos, Legionário! :)
Que gente é essa Maria?
ResponderEliminarGente que vou aturando mais do que gostaria, Uvinha!
EliminarBejinhos Marianos! :)
Não gostei nada do avô da Cristina.Detesto brutamontes!
ResponderEliminarSomos duas, Til!
EliminarBeijinhos Marianos! :)
Nesse nevoeiro todo, o que andaste a fumar, Tu Maria?
ResponderEliminarUmas bengaladas para esse que batia na Mulher, coitada, que ainda por cima lhe fazia o almoço!
Bjs
Eu nem fumo, bolas! ;)
EliminarBeijinhos Marianos, caro Tio do Sul! :)
É matemático! O tempo, as doenças, a menina que há de ser doutora de leis, o Socras.
ResponderEliminarQuando não há tema é de temer. É de fugir, enquanto há tempo, antes de começar a tremideira. Conversas destas fazem mal à digestão.
Fez bem, Maria, pirar-se desopilar e deixá-los a azedar. Na segunda irão à consultazinha para contar como foi. No domingo…
É mesmo de fugir!
EliminarBeijinhos Marianos, Agostinho! :)