(imagem daqui)
Christine aconchegou-se no banco e pousou a cabeça no meu ombro. Ainda a sentia tremer. O carro de mudanças automáticas permitia-me abraçá-la sem fazer perigar a condução. Apenas um pormenor me deixara a rememorar o que acontecera no restaurante, a insistência de Christine em ficar até que vissemos quem necessitara de assistência urgente. Depressa esqueci esse detalhe absurdo. Chegáramos ao hotel e, logo no elevador, os beijos inflamados e as mãos daquela mulher ardente por dentro do meu casaco fizeram-me arrastá-la para o quarto e atirá-la para a cama sem delongas.
Nem me dei conta de que,
ao despir as calças, a soqueira tinha resvalado para o chão, indo
parar debaixo da cadeira onde jaziam, amarrotadas, as roupas de
Christine.
Acordei com o sol a
bater-me na cara e a estranha sensação de não me conseguir mexer.
Abri os olhos, a custo, e vi Christine de pé, já vestida, com uma
Smith & Wesson .38 na mão. Estava manietado e, nitidamente,
tinha sido drogado.
- Já acordou! disse,
como se estivesse mais alguém no quarto.- Veremos quem bate melhor, agora! respondeu uma voz masculina.
Voltei a cara para o lado
esquerdo, de onde viera a resposta. O motherfucker estava
sentado no sofá, cara inchada, um dos olhos fechados por baixo de um papo roxo, com a minha soqueira na mão.
(Com as minhas desculpas ao Xilre, por ter ousado dar continuidade à sua história e com gratidão por despertar esta vontade. Com o meu agradecimento ao xpto, por me fazer recordar as dezenas de livros policiais que se escondem no lugar mais inacessível das minhas estantes.)
(Com as minhas desculpas ao Xilre, por ter ousado dar continuidade à sua história e com gratidão por despertar esta vontade. Com o meu agradecimento ao xpto, por me fazer recordar as dezenas de livros policiais que se escondem no lugar mais inacessível das minhas estantes.)
Adoro!
ResponderEliminarVocês andam todos inspirados... Também apetece :)
Dá vontade mesmo, Tétisq!
EliminarBeijinhos Marianos! :)
O mundo está a ficar perigoso...E depois desse fernesim inicial, a cama era mesmo precisa?
ResponderEliminar;-)
Gostava tanto de elevadores, mas agora estou com medo...
Meu caro Tio, a cama é tão mais confortável para, como dizer, prolongar o frenesim! ;)
EliminarBeijinhos Marianos! :)
Bem... O INEM deve perguntar-se de onde vem de súbito esta autêntica catadupa de gente de cara desfeita, ossos quebrados, voz funda de "chain smoking" :)
ResponderEliminarExcelente!
Muito obrigado e um óptimo fim de semana, Maria!
Muito obrigada, eu, caro Xilre! Foi um atrevimento tentar ombrear contigo no que toca a este "negócio" das letras!
EliminarBeijinhos Marianos e um bom fim de semana para ti também! :)
Mãos por dentro do casaco poderia sugerir assalto eminente. Parece não ser esse o móbil do crime. A verdade saber-se-á uns capítulos mais à frente?
ResponderEliminarBoa história, Maria.
Continuação da magnífica história do Xilre. Nem me atrevo a ir mais longe. :)
EliminarBeijinhos Marianos, Agostinho! :)