(imagem daqui)
Era sempre às sextas-feiras. Chegavam de Lisboa, de Braga, do Porto. Vinham de comboio, de autocarro, de carro. Já não usavam meias brancas rendadas até ao joelho, embora algumas das suas meias continuassem a ser rendadas, só que eram de liga, e pretas. Usavam-nas com os vestidos curtos que levavam para sair à noite, juntas. Sabiam que a Lena seria a primeira a chegar ao Marlene. Era sempre a primeira. Assim como sabiam que a Paula era a última. E, ainda, como sabiam que a Joana tinha um namorado novo, arquitecto, ou que a Ana se tinha apaixonado por uma companheira de curso e não era capaz de lho revelar. Os cursos que escolheram ditaram-lhes novas moradas mas regressavam sempre ali, ao local que as vira crescer.
O que não sabiam, ainda, era que a vida as iria separar, uma a uma, levando a Lena para o Brasil, a Joana para uma escola minúscula na Serra da Estrela, a Ana para Londres e a Paula para o sacana do cancro.
Ficaram as cartas que escreveram. Ficou, ainda, o eco dos seus risos de crianças-meninas-jovens, ali, na praça da vila, na esplanada do Marlene.
Era sempre às sextas-feiras. Chegavam de Lisboa, de Braga, do Porto. Vinham de comboio, de autocarro, de carro. Já não usavam meias brancas rendadas até ao joelho, embora algumas das suas meias continuassem a ser rendadas, só que eram de liga, e pretas. Usavam-nas com os vestidos curtos que levavam para sair à noite, juntas. Sabiam que a Lena seria a primeira a chegar ao Marlene. Era sempre a primeira. Assim como sabiam que a Paula era a última. E, ainda, como sabiam que a Joana tinha um namorado novo, arquitecto, ou que a Ana se tinha apaixonado por uma companheira de curso e não era capaz de lho revelar. Os cursos que escolheram ditaram-lhes novas moradas mas regressavam sempre ali, ao local que as vira crescer.
O que não sabiam, ainda, era que a vida as iria separar, uma a uma, levando a Lena para o Brasil, a Joana para uma escola minúscula na Serra da Estrela, a Ana para Londres e a Paula para o sacana do cancro.
Ficaram as cartas que escreveram. Ficou, ainda, o eco dos seus risos de crianças-meninas-jovens, ali, na praça da vila, na esplanada do Marlene.
Aposto que ainda hoje se escrevem,
ResponderEliminarmesmo quando não recebem qualquer carta...
Tens razão, Rogério! :)
EliminarBeijinhos. :)
Ficaram as lembranças e os sorrisos. Há estorias intermináveis :)
ResponderEliminarFeliz Natal Maria :)
Para sempre...
EliminarBeijos, I! :)
Chega uma época em que nos damos conta de que tudo o que fazemos se transformará em lembrança um dia. É a maturidade. Para alcançá-la, é preciso justamente já ter lembranças.:)
ResponderEliminarFeliz Natal Maria, com o Abade de Priscos na mesa:))
Boas Festas, "velho" amigo! :)
EliminarBeijinhos. :)
Maria, sempre que leio estes posts das meninas lembro-me de uma foto que tenho algures perdida...
ResponderEliminarUm excelente Natal
Beijinhos
Boas Festas, S! :)
EliminarBeijinhos. :)
E para a autora destas estórias, histórias, prosas e poemas que nos vão encantando os votos de boas festas e de ano de 2015 recheado de horas de felicidade.
ResponderEliminarFeliz Natal, Maria :)
É muita amabilidade tua, Xil!
EliminarBoas Festas, com muita alegria e amor!
Feliz Natal Maria!
ResponderEliminarBoas Festas, Uva franjolas! :))
EliminarBeijocas. :)
A convergência das meninas para a esplanada teria o propósito de pôr a conversa em dia, umas cigarradas e bebidas em fraterno convívio? E, depois, haveria a natural divergência nas deambulações subsequentes? Umas a regressar a casa outras a aventurar-se e divertirem-se, dançar, namorar...
ResponderEliminarAs amizades da juventude são para sempre, mesmo na ausência fazem-se presentes. No espírito.
Saudades, é o que é! :)
EliminarBeijinhos, Agostinho! :)