(Ceslovas Cesnakevicius)
Amor é um fogo que arde sem se ver
Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Amor é um fogo que arde sem se ver
Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís Vaz de Camões
Amor é um arder que se não sente
Amor é um arder que se não sente;
É ferida que dói, e não tem cura;
É febre, que no peito faz secura;
É mal, que as forças tira de repente.
É fogo, que consome ocultamente;
É dor, que mortifica a Criatura;
É ânsia, a mais cruel e a mais impura;
É frágoa, que devora o fogo ardente.
É um triste penar entre lamentos;
É um não acabar sempre penando;
É um andar metido em mil tormentos.
É suspiros lançar de quando em quando;
É quem me causa eternos sentimentos.
É quem me mata e vida me está dando.
Abade de Jazente (1719-1789)
Amor é um arder que se não sente
Amor é um arder que se não sente;
É ferida que dói, e não tem cura;
É febre, que no peito faz secura;
É mal, que as forças tira de repente.
É fogo, que consome ocultamente;
É dor, que mortifica a Criatura;
É ânsia, a mais cruel e a mais impura;
É frágoa, que devora o fogo ardente.
É um triste penar entre lamentos;
É um não acabar sempre penando;
É um andar metido em mil tormentos.
É suspiros lançar de quando em quando;
É quem me causa eternos sentimentos.
É quem me mata e vida me está dando.
Abade de Jazente (1719-1789)
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__________ ▓▓▓▓▓▓▓▓▓__________ ¡Feliz. Año. Nuevo!
Espero que que el año que comienza sea un año lleno de éxitos.
B. E. S. O. S... ★MaRiBeL★
Obrigada, Maribel! Bom ano de 2015 para ti também! :)
EliminarBeijinhos.
ABRAÇO DE ANO NOVO COM VOTOS DE MUITA FELICIDADE.
ResponderEliminarFELIZ ANO NOVO
AG
Muito obrigada, AG!
EliminarQue 2015 te seja benéfico!
Beijinhos. :)
ResponderEliminarAh trovador...!
Esta métrica deixa-me arrebatada... como é possível tamanha perfeição?
Beijinhos perfeitos
(^^)
Duas versões maravilhosas! :)
EliminarBeijos. :)
Desconhecia o senhor abade. Escreveu este soneto de experiência própria?
ResponderEliminarA Maria Luís deu a resposta.
EliminarO Abade era um apaixonado, sim. :)
Beijinhos, Agostinho! :)
Paulino António Cabral de Vasconcelos,(1719 -?), Abade de Jazente,foi uma das presenças da Arcádia Portuense. A sua vida repartiu-se entre esta, as festas conventuais e a solidão rústica.
ResponderEliminarComo poeta cantou os temas horacianos do amor epicurista e da dourada mediania rural.Os poemas de amor referem-se a Nise (anagrama de Dona Inês da Cunha), a sua grande paixão.
Obrigada, Maria Luís! :)
EliminarBeijinhos e um bom ano de 2015! :)