"A nota de banco
Não ter dinheiro pode ser um problema. Simão não tinha dinheiro. E por silogismo, Simão tinha um problema. Para resolver o problema (solução precária), disfarçou-se de nota graúda (dava jeito ser um homem alto) e dirigiu-se a um banco para se destrocar por matéria fiduciária. Quando chegou à sucursal, disfarçado com a barba hisurta de Vasco da Gama e a gargantilha coçada de Camões, lembrou-se porém que era um velho escudo. E o bancário podia desconfiar da efígie. Na hora h depositou-se nu no cofre central como um plano de poupança."
Tiago Salazar, in Herbário
Presumo que existam muitos com o mesmo problema de Simão. Haja cofres de dimensão suficiente para albergar tantos quantos carecem de dinheiro.
Talvez, no fundo, Simão seja a face mais visível do empreendedorismo que nos resta...
ResponderEliminarUm beijo :)
O empreendedor do nada...
EliminarBeijinhos Marianos, AC! :)
Tanta gente com dificuldades enormes... não há cofres suficientes infelizmente
ResponderEliminarbeijinhos Maria
O cofre está do avesso, vazio dentro e cheio fora... de miséria!
EliminarBeijinhos Marianos, I! :)
Boa noite, a Simão e outros como o Simão são considerados números, para os que pensam que são donos dos números o cofre arranjado é insuficiente, um dia os supostos donos vão ter cofres de lata para eles próprios.
ResponderEliminarAG
Será, AG?
EliminarBeijinhos Marianos! :)
Embora retrate um problema, este é um texto bem divertido. :)
ResponderEliminarIrónico, muito irónico!
EliminarBeijinhos Marianos, Luísa! :)
Cada vez há mais gente com um “cofre de preocupações"!:(
ResponderEliminarEsse seria de fechar e deitar fora a chave ou esquecer o código de acesso!
EliminarBeijinhos Marianos, Legionário! :)
A ironia é um nível superior de inteligência
ResponderEliminar(para quem não tenha percebido,
isto que deixei dito
é um piropo)
:)))) Tiago Salazar é dono de uma ironia fina, sem dúvida, Rogério!
ResponderEliminarBeijinhos Marianos! :)
Havendo amigos e amigas que nos mimem como nunca sonharíamos, temos um pouco do problema esbatido. E até à distância em alguns casos, se contornam essas e outras dificuldades.
ResponderEliminarNunca tinha ouvido falar de Tiago Salazar. Oferecem-me muitos livros, mas deste autor nunca calhou.
Verdade, Sapere, a amizade continua a ser um bom investimento! :))
EliminarBeijinhos Marianos e obrigada pela visita e pelas palavras! :)
Incentivaram-nos a ter uma armário grande. Outros vieram depois e disseram-nos para colocar a roupa no prego, porque afinal estávamos de tanga. Realmente está-se melhor nu. Depende é da caixa, ou do cofre, como lhe quiseres chamar. Alguém nos há-de embrulhar...
ResponderEliminarOu então, deixam-nos nus, abandonados numa berma...
EliminarBeijinhos Marianos, meu Tio favorito da blogo! :)
Primeiro era a troca, depois, um espertalhão, “alto lá, cria-se uma moeda com valor igual para ricos ou pobres”; com isso o gajo deixou de ter que palmilhar Seca e Meca pois o pilim ir ter com ele.
ResponderEliminarO Simão entrou na história da nota precisamente quando, para facilitar a vida ao espertalhão, se acabou com a nota(sujeito, quem acabou?) : embrulharam o Simão numa caixa e "isto é reciclável? lixo, melhor, incineradora. Lixa-se esta malta toda!”.
Foi assim, Maria?
Bj.
Já esteve mais longe, esse final (como a "solução final")!
EliminarBeijinhos Marianos, Agostinho! :)