MA PIÙ CHE MAI...
Dall'inizio mi manchi,
come l'acqua alla sete del deserto.
Mi manchi quando ti cammino a fianco:
non vanno nella stessa direzione,
se non breve tratto,
due treni su binari paralleli.
Mi manchi quando sono con un'altra(o)
come manca la freccia alla ferita
che per la sua estrazine si dissangua.
Ogni giorno mi manchi; e in ogni dove
perché all'assenza di te
non c'è un altrove.
Corrado Calabrò
(Salvador Dali)
MAIS QUE NUNCA
Desde o início faltas-me
como a água à sede do deserto.
Faltas-me quando ando ao teu lado:
não procedem na mesma direcção,
senão por breve troço,
dois comboios em carris paralelos.
Também me faltas quando estou com outra(o)
como falta a flecha à ferida que pela sua extracção se dessangra.
Cada dia me faltas; e em toda a parte
porque para a ausência de ti
não há algures.
Corrado Calabrò, traduzido por Giulia Lanciani no livro A penúria de ti enche-me a alma
Há vazios difíceis de preencher.
ResponderEliminarI love Dali's work. What a mind.
ResponderEliminarAnd now I love Bebe. What a voice.
Enjoy your Sunday.
xoxo
A musica é soberba, assim como a tua selecção poética e artística.
ResponderEliminarBeijo Maria :)
se nã conhecesse o teu requintado bom gosto, diria que essa imagem nasceu para esse poema e depois a música... e que nã foram juntos por mão humana!
ResponderEliminarQuem ama de verdade, sente constantemente a falta do seu amado/a !
ResponderEliminar:)
Sorte a minha
ResponderEliminarnunca me sobrando
nunca me faltando
morreria de sede
(e ela sabe!)
E quando nos falta, sente-se um vazio tão difícil de preencher. Beijinho Maria
ResponderEliminarQue esse vazio seja rapidamente ultrapassado.
ResponderEliminarBoa semana
profundo, triste mas bonito
ResponderEliminarNão conheço a poesia de Corrado Calabrò, mas fiquei muito interessada. Obrigada pela partilha.
ResponderEliminarUma boa semana.
Beijos.
Saudade é algo que não tem medida, é um vazio que a gente só pode preencher com a lembrança.
ResponderEliminarBoa semana, Maria.:)
Superlativamente belo, Maria. Então...
ResponderEliminarNão há algures, nenhures, sim.
É uma fatalidade o paralelismo da geometria
na vida. Uma monotonia, pois,
por mais que corram nunca se tocam.
E no deserto serão miragens
as viagens na ilusão de aproximação.
Em vão. Num estado inabitado
as fontes desesperam secas.
Houvesse linhas de gente,
secantes, como setas de Cupido,
convergentes, a indicar o ponto d'água
a sede morreria e viveria dessedentada.
Bj.
O vazio deixado pela falta do amor dói... Bela imagem!
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