Havia, na claridade daquele olhar, um mundo inteiro onde só apetecia entrar. Fechou os olhos, tacteou o interior da bolsa até sentir a forma ovalada e a textura levemente rugosa da caixa dos óculos de sol, retirou-os de dentro dela e, sempre de olhos fechados, pô-los, não fossem aqueles olhos levá-la por caminhos demasiado luminosos, cegando-a.
Um ensaio sobre a cegueira humana...
ResponderEliminarVer ou não Querer ver? Eis a questão!
Ou querer e saber que não se pode ver...
EliminarBeijinhos Marianos, Maria! :)
"...se antes de cada acto nosso,
ResponderEliminarnos puséssemos a prever todas as consequências dele,
a pensar nelas a sério, primeiro as imediatas, depois as prováveis, depois as possíveis, depois as imagináveis,
não chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar."
José Saramago Ensaio sobre a cegueira
"O" livro de Saramago, esse! O meu favorito!
EliminarBeijinhos Marianos, Legionário! :)
o maior cego é o que não quer ver...
ResponderEliminarbeijinho
Pois é, Tétisq! :)
EliminarBeijinhos Marianos, com alegria por te "ter" de volta! :)
Tenho uns óculos de sol
ResponderEliminarjazem onde não sei
ainda bem!
Pudesse eu dizer o mesmo... Tenho uma enorme fotofobia!
EliminarBeijinhos Marianos, Rogério! :)
"Un bel di vedremo" é uma das árias de ópera mais bonitas que eu conheço . A imagem (foto) é excelente !
ResponderEliminarO texto tem uma gralha "até sentir a foram ovalada", emenda-o, por favor, porque é bonito !!!
Comove-me até às lágrimas, muitas vezes, esta ária!
EliminarObrigada! (gralha corrigida)
Beijinhos Marianos, Rogério! :)