No descomeço era o verbo.
Só depois é que veio o delírio do verbo.
O delírio do verbo estava no começo, lá
onde a criança diz: Eu escuto a cor dos
passarinhos.
A criança não sabe que o verbo escutar não
funciona para cor, mas para som.
Então se a criança muda a função de um
verbo, ele delira.
E pois.
Em poesia que é voz de poeta, que é a voz
de fazer nascimentos
— O verbo tem que pegar delírio.
Manoel de Barros
Tristes, aqueles que não ouvem a cor dos pássaros!
Tristes, aqueles que são cegos às vozes dos poetas!
Felizes, os que (re)inventam o verbo e o vestem de loucura!
Delíro no verbo enlouquecido de um mergulho nas nuvens... E na ousadia deste, que uma delas seja como algodão doce... Bem doce.:)
ResponderEliminarUma doce semana Maria:))
Prefiro chocolate a algodão doce mas a imagem é bonita! ;)
EliminarBeijinhos Marianos, Legionário, e uma semana docinha para ti também! :)
O meu daltonismo não me impede de ouvir as cores dos pássaros...
ResponderEliminarJá viste as penas com que me dispo?
:)
Tu és multicolor, Rui!
EliminarBeijinhos Marianos! :)
Eu consigo ver o cantar dos pássaros
ResponderEliminarver o som
que bom!
Mas isso eu já sabia! Tu és um poeta! :)
EliminarBeijinhos Marianos, Rogério! :)
ResponderEliminarAs cores têm som, cheiro, paladar... sentimos-lhes a temperatura, umas são frias outras quentes... e sem elas e vida seria muito muito triste!
Esta arara está brutal! E bem a propósito o tema do Caetano.
Beijos de todas as cores
(^^)
Sem dúvida, Afrodite! A cor é sentimento...
EliminarBeijinhos Marianos em girândola de cores! :)
Quem não sabe ouvir as cores não percebe o poder das palavras :)
ResponderEliminarBeijinhos :)
Nunca irá perceber! ;)
EliminarBeijinhos Marianos, I! :)
Sensato delírio... :)
ResponderEliminarNada como fazer o verbo delirar! :)
EliminarBeijinhos Marianos, Luísa! :)
As crianças são poetas natos. Capacidade que alguns perdem quando nascem. Recordo um dia em o meu filho mais novo me disse, "os teus olhos brilham como as estrelas mãe."
ResponderEliminarAssim saído do nada, foi a coisa mais bonita que alguém me disse até hoje.
Por vezes desejo que ele ficasse sempre assim, pequenino, com a sua sensibilidade de pequenino, de quem vê mais do que aquilo que os olhos vêem.
Beijinhos Maria
As crianças e, em particular, os filhos são donos de muita e bela poesia.
EliminarBeijinhos Marianos, Mafy! :)
Vim aqui pela agulha do Rogério e não resisti. Isto é bom!
ResponderEliminarNa conjugação do ser
que resulta do verbo
é que nasce a cor,
evolui consoante o calor,
até que os pássaros
lhe fazem o som
em tons quentes.
Quem acredita vê.
É isso que sentes?
Que bem, Agostinho! :)
EliminarMuito obrigada pela visita e pelas palavras!
Beijinhos Marianos! :)