quarta-feira, julho 30, 2014

Dor



 (Frida Kahlo)

Às vezes a dor dilacerava-lhe a carne, numa incidência funda e aguda. Outras, avançava alma adentro, como se de um ácido corrosivo se tratasse. 
Verdadeiramente insuportável, no entanto, era quando ambas se juntavam...





*dolorosamente, pela minha amiga.Ainda, dolorosamente, por todos os que sofrem.

10 comentários:

  1. Olá Maria,
    há dores de alma terríveis, quase pior que as do corpo.
    bjo amigo

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    1. Mas as do corpo também trazem muitas dores de alma, Carmem.

      Beijinhos Marianos! :)

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  2. É doloroso ver crianças chorando pela perda de seus pais e pais chorando pela perda de suas crianças. Os pequenos gritam o nome de seus irmãos, de suas mães e parentes mortos. Crianças tentando dormir tapando seus ouvidos com medo dos bombardeios, outras crianças acordando nos hospitais e achando que quando voltarem para as suas casas seus pais estarão lá esperando por elas. As pessoas na Palestina dia a dia sofrem a dor de perder entes queridos, devido a covardia de assassinos do estado... Sem poder nem ter como se defender e logo os heróis serão outros "os valentes soldados" que matam tudo que o vêm e não vêm. Assassinos de sonhos, da esperança, da inocência, do sorriso da mais humilde criança palestina. Ninguém merece viver tal tormento e massacre. Existem dores e sofrimentos que a gente morrerá sem jamais entender o por quê.

    "Muitos palestinos morreram, alguns ainda estão vivos, mas a maioria ainda não nasceu."
    (Yasser Arafat)

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    1. Da dor muito se escreve e diz. Acho que só quem a experimenta na pele sabe como é!

      Beijinhos Marianos, Legionário! :)

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  3. Não dizer nada e deixar simplesmente um beijo :)

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  4. Conheço bem esse ácido corrosivo que se verte dentro do coração e o faz em pedaços.
    Mas também sei que por vezes, só por vezes, se consegue colar tudo de volta; os abraços costumam ajudar. Depois, quase nem se notam as cicatrizes.
    Beijinhos, Maria, um também para a tua amiga. (os amigos dos meus amigos, meus amigos são).

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    1. Quando não se consegue parar a dor. Quando se sabe que o destino tem a morte ali, ao dobrar da primeira esquina, como se pode (sobre)viver? Raiva!
      Ainda, tanto sofrimento colectivo e individual por estes dias longos num mundo tão caótico!
      Raios! Onde está essa mão divina?

      Beijinhos Marianos, Susaninha, e obrigada! :)

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  5. Frida é um espanto

    Acho que ela pintou um olhar para além da dor. Em situações de sofrimento extremo do corpo, a alma supera, desliga-se da carne: a imagem tem a expressão do instinto da sobrevivência...

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    1. Seria bom que o sofrimento físico pudesse ser sempre encarado com esse "desligamento"!

      Beijinhos Marianos, Rogério! :)

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