- Coitadinha, não sabia nadar bem e depois, sabes como é, o rio é padrasto!
Abafava as palavras e confundia padrasto com filho da puta, decerto. O rio tinha levado Mariana, catorze anos, loira seráfica de modos doces. Eram férias e sempre vinha com os tios passar uns dias. Ela, que vivia na cidade grande, cheia de olheiras e sem cor nas faces, aproveitava para apanhar sol na areia grossa do rio e refrescar-se na água de fundões e remoinhos. Um anjo a banhos, diziam. Um anjo no Céu, afirmavam agora.
- Que Deus a tenha!
Dizem que, desde então, a cada dia, pela noitinha, há um anjo loiro e pálido a nadar graciosamente nas águas revoltas do rio.
Maria, talvez mesmo com asas feridas, esse Anjo bate as asas para não morrer afogado nas lágrimas!
ResponderEliminarBom fim de semana! :)
Os anjos não choram...
EliminarBeijos, Legionário, e um bom fim-de-semana, ainda que com chuva. :)
O rio é um ser de respeito
ResponderEliminare não é um bom leito
nem para um anjo
É mesmo, Rogério. Quando era pequena, o meu pai ia primeiro verificar o rio, para ver onde era mais fundo, onde havia poços, e só depois nos deixava ir com ele.
EliminarBeijos. :)
Tão triste e belo poema Maria, gostei! Um lindo fim de semana pra você.
ResponderEliminarBeijos
http://simplesmentelilly.blogspot.com.br/
Obrigada, Lilly.
EliminarBom fim-de-semana para você também. :)
Beijos. :)
Uma tela linda! e um poema que enche nosso coração de melancolia .
ResponderEliminarOs rios fazem parte da nossa infância ,quase sempre .E não perdoa qualquer desatenção.
Faltava um anjinho no céu e Mariana foi preencher o azul celeste , que vemos nas nossas manhãs.
Lindo,Maria
Gostei também imenso da sua foto de cabeçalho.
'Sua vez' Maria , todo dia!
parabens.
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ResponderEliminar.
. a compaixão é (também) um ato divino . sacro . e o seu leito é toda a matéria que dá corpo a todos os seres vivos .
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. um grande beijinho meu .
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