The tyger
Tyger Tyger, burning bright,
In the forests of the night;
What immortal hand or eye,
Could frame thy fearful symmetry?
In what distant deeps or skies.
Burnt the fire of thine eyes?
On what wings dare he aspire?
What the hand, dare seize the fire?
And what shoulder, & what art,
Could twist the sinews of thy heart?
And when thy heart began to beat,
What dread hand? & what dread feet?
What the hammer? what the chain,
In what furnace was thy brain?
What the anvil? what dread grasp,
Dare its deadly terrors clasp!
When the stars threw down their spears
And water'd heaven with their tears:
Did he smile his work to see?
Did he who made the Lamb make thee?
Tyger Tyger burning bright,
In the forests of the night:
What immortal hand or eye,
Dare frame thy fearful symmetry?
WILLIAM BLAKE
e por falar em Pomar e os seus Tigres, deixo um poema em prosa de Eugénio de Andrade, prestando tributo aos tigres de Blake e Borges:
ResponderEliminar«Vi-o avançar sem medo nenhum, sabia que a floresta de sombra por onde caminhava ao meu encontro era a dos versos de Blake, e os olhos calmos, onde o tigre demorava o ardor dos seus, eram os meus, multiplicados por não sei que espelhos. Jantara com Borges e adormecera tarde, com essa voz, cava, a que a cegueira aumentava a fundura, dentro de mim - Tiger, tiger, burning bright / In the forests of the night… - e acordara com a cantilena do muezin a chamar para a primeira oração. De manhã, perguntou-me: - Ouviu o muezin? - Ouvi, mas foi pena ter-me interrompido a contemplação do tigre. - Curioso: também eu sonhei com ele, esperava-me às portas do deserto; desde o tigre da alquimia chinesa, e das lendas budistas ao do seu sonho, sempre ali esteve, de olhos frios. Não respondi, sem coragem para lhe dizer que não era o mesmo, que no meu mundo havia, pelo menos, dois tigres: o meu tinha grandes olhos claros, e ardiam.»
Passei por este poema de (Eu)génio antes de fazer o post.
EliminarBorges, e os tigres...
"(...)
Procuraremos um terceiro tigre.
Será, tal como os outros, uma forma
Do meu sonho, um sistema de palavras
Humanas, não o tigre vertebrado
Que, para além das vãs mitologias,
Pisa a terra. (...)"
Fascinante, este felino que inquieta poetas e nos desinquieta nas suas palavras.
Beijo, Flor. :)
Gostava de não ter idade, assim
ResponderEliminarA obra não tem idade.
EliminarBeijinhos, Rogério. :)
O Mestre é uma figura imortal, intemporal.
ResponderEliminarBoa semana
Vive na sua obra e perdurará nela.
EliminarBeijinhos, Pedro. :)
Um verdadeiro génio, intemporal, que ficará conhecido no campo das artes e que conta com considerável obra realizada, não só no campo da pintura como nos mais diversos ramos das artes.
ResponderEliminarBeijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Sem dúvida, Mariazita!
EliminarBeijos. :)
“O resultado final não é amargurado, não é dorido, não é triste: é uma celebração da vida”, escreveu António Lobo Antunes sobre o amigo Júlio Pomar, há mais de uma década. Este domingo, com a mesma energia e lucidez, Pomar chega aos 90 anos.
ResponderEliminarEmbora não tendo nada a ver com este Post:
David Bowie não resistiu a um cancro e morreu três dias depois de celebrar o 69º aniversário e lançar o último álbum “Blackstar”, confirmou esta segunda-feira a Sky News junto do agente do cantor.
Maria, a vida anda sempre de mãos dada com a morte!;(
Começamos a morrer no momento em que nascemos. O génio artístico não morre, perdura na obra feita.
EliminarBeijinhos, Legionário. :)
Deve ser tão bom chegar a esta bonita idade com uma vida assim, cheia de talento e lucidez.
ResponderEliminarTrês grandes escolhas neste seu post.
Um beijinho
Fê
Uma obra de respeito! Dve ser bom, sim!
EliminarMuito obrigada, Fê.
Beijos :)
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ResponderEliminarUma maravilha!
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Pomar, Blake e Villa-Lobos, três grandes.
EliminarBeijos, Majo. :)
Ao Pomar fui eu, ontem, no engodo de tigres e de outros bichos que por lá pousam ou posam. E o que eu andei para lá chegar, por pedregosos caminhos, debruçados para o rio das descuidadas "tágides minhas"; minhas, não! não tenho cabedais para tal mordomia - o outro é que dizia. Pois, como dizia andei, palmilhei e, quando cheguei ao Pomar tudo arrecadado, embrulhado. Nem uma nesga para amostra, Maria.
ResponderEliminarApenas traços da libido juliana a carvão, "convertidos" em tridimensionais disposições de ferroso material. Júlio Pomar e Rui Chafes: Desenhar.
E mais não digo, para não maçar ou massar, conforme a hora, apenas e só: o que deixaste aqui é um condensado de superlatividade.
Bj
:) Metaforicamente fantástico, Agostinho! :)
EliminarSe gosto do Pomar, o Chafes não lhe fica atrás!
Muito obrigada!
Beijinhos :)