Já nem sei o que me parece falar sobre pássaros, agora que, chegados os dias soalheiros, tantos lhes dedicam palavras esplendorosas. Depois, penso que os meus pássaros não podem ser aqueles, já que assentaram arraiais na árvore que estica os ramos verdejantes até à janela do meu quarto, ensaiando namoros, debicando as nêsperas que começam a amarelecer, fazendo ninhos e, até, criando passarinhos ainda sem penugem, os pobres, que devem tremer de frio nestes dias de vento inusitadamente forte a assobiar por entre as folhas que lhes protegem o lar. São uns doidos, os meus pássaros. São agora mais de dez horas da noite e desataram a gorjear! Ora, não tenho notícia de doidices canoras semelhantes noutras árvores ou beirais.
Há uma coisa que não te posso perdoar
ResponderEliminarA apropriação dos pássaros, do seu voar
Esses pássaros não são teus
Deu-nos Deus
(brinco, tu os mereces!)
Já ia bater o pé numa birra. :) Livraste-te de boa com os parêntesis. :P
EliminarBeijos, Rogério. :)
Tenho alguns que estão a gorjear por aqui também! só não os consigo clicar !! rs
ResponderEliminar_ é só o que me incomoda neles, são rápidos e assustadinhos ...
lindo texto e passarinho.
abraços Maria
Para uma fotógrafa, deve ser exasperante, a sua irrequietude.
EliminarBeijos, Lis. :)
Também eu tenho cantoria, e muita, mesmo que seja já perto da 1h da madrugada. Há muita luz nas ruas, acredito que isso os confunda, pobrezinhos...
ResponderEliminarUns doidos, é o que são os nossos pássaros!
EliminarBeijos, noname. :)
Que bom, que você se encanta com o canto dos pássaros!
ResponderEliminarEles estão felizes com a nova estação!
Abraços!
VitorNani & Hang Gliding Paradise
É uma beleza, ouvi-los. :)
EliminarBeijos, VitorNani. :)
Algumas doidices semelhantes a essas andam por aqui também :)
ResponderEliminarGosto de doidices canoras e que muito usufruam delas. :)
EliminarBeijos JT. :)
Nada se Pode Comparar Contigo
ResponderEliminarO ledo passarinho, que gorjeia
D'alma exprimindo a cândida ternura;
O rio transparente, que murmura,
E por entre pedrinhas serpenteia;
O Sol, que o céu diáfano passeia,
A Lua, que lhe deve a formosura,
O sorriso da Aurora, alegre e pura,
A rosa, que entre os Zéfiros ondeia;
A serena, amorosa Primavera,
O doce autor das glórias que consigo,
A Deusa das paixões e de Citera;
Quanto digo, meu bem, quanto não digo,
Tudo em tua presença degenera.
Nada se pode comparar contigo.
Bocage, in 'Sonetos'
Maria, a Primavera traz-nos lufadas de ar fresco também para aqui! :)
Adoro este soneto de Bocage! :)
EliminarImagino que o repasto tenha sido excelente e o convívio ainda melhor, ontem. :)
O defile foi bonito. :)
Beijos, Legionário. :)
embora com alguma natureza em meu redor, por aqui, os pássaros, essa natureza esvoaçante, devem ter horários muito rígidos, penso eu. nem um pio! :)
ResponderEliminarbom fim de semana.
Queres ver que vieram todos para a minha nespereira? ;)
EliminarBeijos. :)
Deixo um beijo e votos de excelente fim de semana na companhia dos teus pássaros :)
ResponderEliminarUm beijo chilreante para ti Sandra. :)))
EliminarMinha estimada e considerada amiga
ResponderEliminarQue dizer dos arautos da Primavera.
Pássaros que num corropio constante
esvoaçam rasgando o azul do céu!
Chilreando relatam a terrena vida.
Por vezes muito austera na sua frágil quimera!
São uns brilhantes migrantes
Nidificando e procriando no mundo que Deus lhes deu!
Assim és tu a minha encantada andorinha
Que aqui escrevendo me chamas na tua espera...
A mim, que sou dos piscos cantantes
Outro dos saltimbancos desta nossa primavera
Expondo nos blogues sentimentos constantes
Fazendo assim a nossa vida menos severa!
Beijinho primaveril MariaTu*
Gostei do epíteto: andorinha! :)
EliminarBeijos, Maria/Manel. :)
Maria,
ResponderEliminarÉ importante dizer-te isto: ando um pouco afastado da blogosfera por mera falta de tempo. A coisa que mais detesto é entrar num blogue e não deixar comentário e isso, ultimamente, tem acontecido várias vezes. Mas venho aqui como sempre vim, quase que diáriamente, porque aprecio muito a tua escrita, embora por vezes, assumo, não percebo patavina do que escreves. Mas existe uma razão que explica isso, o meu negócio sempre foram as matemáticas e nunca as letras.
Posto isto desejo.te um excelente fim-de-semana!
Beijinho
Muito obrigada pela tua presença, Ricardo. E é claro que percebes o que eu digo, ora! Desconfio que até sou simplória em excesso... :)
EliminarBeijos e bom fim-de-semana. :)
E eu (que também ando de vez em quando afastada por causa de outros afazeres) venho aqui só dizer que gostei do comentário do Ricardo, gosto sempre quando as pessoas mostram um bocadinho do coração.
EliminarNo meu caso - que estudei mais as físicas - penso perceber o que a Maria escreve... será, talvez, por ser mulher. :-) (e adoro o que ela escreve!)
Abraços aos dois.
Obrigada, Susana.
EliminarBeijos. :)
Ameeei o post e o blog! Bjj <3
ResponderEliminarhttp://blogbaudefeminices.blogspot.com.br/
Muito obrigada, Lityeri! Prometo visitá-la brevemente. :)
EliminarBeijo. :)
Um melro veio uns dias pelas 3 da manhã cantar em cima da nespereira do vizinho. Não era por causa das nêsperas porque essas lá continuam mais maduras ainda, para alegria dos pardais. Devia haver melra na cantoria e na audiência.
ResponderEliminarO enamoramento dá sempre vontade de desatar a cantar.
EliminarBeijos, Luís. :)
Olá, Maria.
ResponderEliminarNão são doidos, os teus pássaros: são felizes!
=)
bj amg
Estou em crer que sim. :)
EliminarBeijo, Carmem. :)
Gosto das suas cantorias e não me posso queixar da falta delas. Tenho por aqui muitos exemplares aninhados no telheiro do quintal. O reverso da medalha é o estado em que me deixam o chão do pátio. É que se muito cantam, também muito sujam. E assim nutro por eles um misto de sentimentos. Alegram-me o ouvido mas deixam-me os nervos em franja e cansam-me a limpeza. :))
ResponderEliminarGrata pela partilha.
Os meus estão por cima de terra, não dão trabalho de limpeza|
EliminarEu é que fico grata. Luísa, por poder partilhar uma das tuas belíssimas fotos. :)