domingo, dezembro 08, 2013

Destino



             (Eros e Psyché - Héloise Delègue)

Pegou-lhe na mão com doçura e virou-lhe a palma para cima. Com o dedo indicador da mão direita perseguiu o emaranhado de linhas; a do coração, a da cabeça, a da vida, a do destino... Parou num ponto e disse: - Aqui, neste cruzamento da linha da vida com a do destino, sou eu. Aqui, entro na tua vida. 
Ela sorriu, retirou a mão das dele e disse: - Agora é a minha vez! iniciando a leitura das linhas dele.
Olhou-as. Desenhou-lhes o contorno, parando ponto a ponto. Olhou-o nos olhos, dizendo: - Nestes pontos todos, sou eu. No teu passado, no teu presente, no teu futuro. E ali (apontou para fora da mão), sou eu, ainda, em todas as tuas vidas, daqui para a frente.

6 comentários:

  1. As pequenas e as grandes promessas por vezes são feitas assim,
    assumindo o destino como se ele estivesse traçado,
    na mão ou até no espaço

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  2. As pessoas entram em nossa vida por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem.

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