(Amadeo de Souza-Cardoso)
Aos
dezassete dias do mês de Outubro de dois mil e vinte e três, Maria apresentou-se
perante todos sem que ninguém a tivesse convocado.
Declarou
ser pertinente, tendo em conta a ausência instalada, apenas interrompida por
escassíssimas vezes.
Lamentou
a sua falta de inspiração, de agilidade no uso da escrita, de argúcia de
espírito.
Acrescentou,
ainda, que tinha vindo a tentar juntar palavras em frases, mas que os dedos se
declaravam dormentes, quer de teclas, quer de lápis e canetas. Assim sendo,
nada de palavras, quanto mais de frases!
E
nada mais havendo a tratar, deu por encerrada a sessão, da qual se lavrou a
presente acta, que, depois de lida, não necessita ser assinada.
(Jonas Gewald - Transparent)
Tomei conhecimento
ResponderEliminar😀
EliminarNão penses
ResponderEliminarQue me surpreendes
Nem sei quantas actas li
Exactamente assim
Também tu! Mas que raio de madorna anda por estas paragens, tal é o desânimo que desanima ;)
ResponderEliminarVolta assim que encheres a caneta de tinta permanente
Beijinhos
Não estava presente nessa reunião de si consigo e por isso não posso concordar com o seu teor. Espero que rasgue a acta e volte.
ResponderEliminarNesta acta que não foi assinada subentende-se uma paragem? Desejo que volte e que tudo corra bem.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
Um abraço, Maria:)
ResponderEliminarParabéns pela sua postagem perspicaz e impactante. Grato pela sabedoria compartilhada.
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