Aquecia-se com uma réstia de sol que rasgava, insistente, as nuvens cinzentas. O banco do jardim era de pedra e estava molhado, tivera que valer-se de um saco de plástico que usava para as compras para se sentar.
Respira devagar, a tosse persistente não lhe permite fazê-lo de outra forma. Sente o ar
frio a entrar, irritando-lhe a garganta, fazendo-a tossir de novo. Os passantes
olham-na de lado, os ombros sacudidos pelos espasmos, nariz e boca cobertos
pela máscara ffp2, afastando-se.
Fica só o frio, apesar daquele sol tímido que teima em não
se eclipsar.
(Gustavo Santaolalla - Alma)
Aqui, zona de Lisboa, está um vento forte e muito frio. Amei a foto/tela, bem como a suave música.
ResponderEliminar.
Saudações poéticas…feliz fim-de-semana
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Só o frio, é tanto...
ResponderEliminareu, se passasse, Maria
não me afastaria
te garante Minha Alma
essa
que por aí soa
O frio que aqui chegou em força.
ResponderEliminarE com muita humidade.
Gela os ossos.
Beijinhos, boa semana
Uma bonita pintura de Manuel Bandeira e um texto a dar conta deste vento gelado que se entranha nos ossos, quando nem a réstia de sol nos aquece...
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Bonita imagem, texto bem escrito e música bem a condizer, com estado de Alma !
ResponderEliminarSabes Maria, estas tuas palavras fazem-me lembrar o que se passa na Ucrânia agora:(
ResponderEliminarAfastando-se, so far away...
ResponderEliminarFicará só. Tão só.
Um ésse e um ó
Restará o ó
de eventuais passantes
Depois.
Maria Eu, Tu,
que saudades tinha,
no banco molhado,
nem visto tinha. Eu.
Beijo.