terça-feira, setembro 11, 2018

Fuga


Pretensamente, ao cruzar a soleira da porta, atravessava a fronteira da dor. Estranhamente, essa dor não ficara para trás, naquele lugar onde adivinhava/sabia uns ombros frágeis a agitarem-se em soluços, um olhar a arder nas suas costas, como que adivinhado o colapso interior, o sentimento de culpa a apunhalar-lhe o coração.


17 comentários:

  1. Que quadro bonito :))

    Bjos
    Votos de uma boa noite

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  2. Há momentos
    em que devemos
    deixar a porta aberta
    sem ousar passar por ela

    Fica e luta

    a dor é quase a mesma
    mas recompensa

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    1. Há lutas que, infelizmente, não se conseguem vencer...

      Beijinhos, Rogério :)

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  3. Dor vou eu sentir logo à tarde.
    É melhor nem pensar nisso.

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  4. "Um fogo devora um outro fogo. Uma dor de angústia cura-se com outra." William Shakespeare

    Boa tarde, Maria:)

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    1. Dor é coisa que abunda, em certos momentos...

      Beijinhos, Legionário, e boa noite. :)

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  5. Maria, pintas forte_mente!
    O atravessar da porta é deliberado mesmo se a procedência tocou a danação do espírito.
    Uma ferida abre-se sem remédio, esboroa qualquer estrutura de defesa que se monte. O assalto chega por dentro: o remorso.

    Bj.

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    1. Os assaltos que chegam por dentro são os mais dolorosos, Agostinho.

      Beijinhos :)

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  6. Um texto magoado, a dar com a excelente e enigmática pintura.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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    1. Uma pintura onde os alfinetes magoam mas seguram.

      Beijos, Graça, e bom Domingo. :)

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