Sabia-se perecível. Os sinais estavam todos lá. Noites pintadas a negro com laivos laranja de dor, os nervos, tensos, em miados silenciados por garras na garganta. Enrolava-se numa bola, os joelhos de encontro ao peito, abraçados, como a um amante prestes a despedir-se de uma noite de amor desvairado.
A madrugada costumava vir de rompante, cegando-a, por mais débil que fosse a luz. Esperava pela manhã cerrando os olhos com força, alimentando-se da amargura das horas vazias e, ao toque do despertador, sacudia o corpo, lavava a alma juntamente com ele, maquilhava ambos e saía para trabalhar.
A madrugada costumava vir de rompante, cegando-a, por mais débil que fosse a luz. Esperava pela manhã cerrando os olhos com força, alimentando-se da amargura das horas vazias e, ao toque do despertador, sacudia o corpo, lavava a alma juntamente com ele, maquilhava ambos e saía para trabalhar.
Seria uma noite de insónia?
ResponderEliminar.
* Chuva que acalma CORAÇÕES, secos pela desventura *
.
Deixo cumprimentos poéticos
Parece-me um bocadinho pior do que insónia.
EliminarBeijinhos, Gil :)
Tantas vezes...
ResponderEliminarBeijinho Maria
Acontece a (quase) todos, não é, GM?
EliminarBeijos :)
Quando pressinto
ResponderEliminarque me vai acontecer isso
Reúno Minha Alma e Meu Contrário
(que te lembro ser meu juízo)
E faço-os aceitar o compromisso
de me libertarem o corpo
Mas são obedientes, a tua Alma e o teu Contrário!
EliminarBeijinhos, Rogério :)
Uma maneira de escrever única.
ResponderEliminarQue reflecte uma imaginação única também.
Boa semana
Muito obrigada, Pedro, pelas tão gentis palavras!
EliminarBeijinhos :)
rhythm of pain
ResponderEliminardor
compassada regular. previsível. ritmada
ou quando calha?
Entre as duas, escolha não
Ninguém se despede dum amor desvairado
pura e simplesmente acaba
Depende da dor. Tantas vezes previsível e outras tantas quando calha!
EliminarBeijinhos, Luís :)
O exílio do imaginário é que é uma longa insónia. ;)
ResponderEliminarE difícil, esse exílio!
EliminarBeijinhos, Patife :)
Há manhãs que matam porque nos obrigam a renascer maquilhadas, a amanhecer camuflando a noite que não sabemos, nem conseguimos, acabar em nós.
ResponderEliminarEssas manhãs dolorosas, mas que acabam por ser sucedidas por outras manhãs, dolorosas ou não.
EliminarBeijos, Olvido :)
Uma publicação fascinante. Adorei.
ResponderEliminarHoje: - {Poetizando e encantando} ...Promessas
.
Bjos
Votos de uma feliz Terça-Feira.
Obrigada, Larissa!
EliminarBeijos :)
Sublime, a tua escrita.
ResponderEliminarBj.
Grata pelas tuas palavras, Agostinho.
EliminarBeijos :)