(daqui)
O estio que finalmente chegara não impedia a nespereira de se enfeitar de flores. Há muito que a árvore crescia, generosa em frutos amarelos agridoces, a ombrear-lhe a janela do quarto. Nela moravam pardais, cantavam melros e arrulhava o casal de rolas que lhe embalava as sestas preguiçosas das férias de Verão. Encostada ao tronco robusto, já com cicatrizes de podas e uma ou outra riscadas pela Maria Inês e pelo José, estas em forma de coração trespassado por uma seta ou da palavra "amo-te" ladeada pelos nomes de ambos, encontrava-se a escada de madeira. Pobre dela, abandonada ao frio e ao calor, agora sem outro préstimo que o de lhe recordar o tempo em que o pai a subia para colher as nêspera mais bonitas para a sua menina.
Maria!
ResponderEliminarI love your taste.
Ever since I saw LOW perform in SF ten years ago,
I've loved what these two create.
One of my favorite groups.
Time to pull out the LOW Christmas CD . . . wonderful.
Thanks, Love . . .
xxx
Thank you, Rick!
EliminarKisses
boa noite, Maria.
ResponderEliminarnêsperas doces e sumarentas, a lembrar um tempo que há de vir outra vez. assim os ciclos se cumpram.
Boa noite, Mia. :) O ciclo da vida.
EliminarBeijos :)
Fazes-me recordar coisas boas.
ResponderEliminarSubir-lhe ao alto do cocuruto onde elas são mais belas, coradas, tirar-lhes a pele e comê-las.
Fazia-o quando era ganapo, Maria.
Muito boa noite.
:))) E sentarmo-nos num ramo a comê-las e a atirar os caroços ao garotos que passavam?
EliminarÉ bom recordar a infância!
Beijinhos, Agostinho, e uma excelente noite, com sonhos de menino. :)
Gosto de nêsperas, quando doces... muito doces.
ResponderEliminarAli, na horta em frente de casa, a nespereira está agora em flor. :)
Sim. Por aqui também estão floridas!
EliminarBeijos, Luísa :)
Nunca tive a oportunidade
ResponderEliminarde desenhar, numa árvore
um coração e os nomes meu e dela
não que me faltasse o amor
mas tão só e apenas
porque nunca tive um quintal onde houvesse uma nespereira
Desenhaste-os na alma. Isso é que importa!
EliminarBeijinhos, Rogério :)
A recordar a sua meninice?
ResponderEliminarMuito bonito.
Tempos de alegre inocência.
EliminarBeijinhos, Pedro, e obrigada :)
Maria, as recordações da infância são um universo que se dilata e domina a vida inteira, e todos os jardins desse tempo são o jardim do paraíso…
ResponderEliminarDourados, os tempos de meninice.
EliminarBeijinhos, Legionário :)
e eu que adoro nêsperas e pardalitos :)
ResponderEliminarbeijinho Maria
Somos duas, então! :D
EliminarBeijos, Laura :)
Estio é uma palavra que gosto, gostei muito do texto, aqui estamos no outono, chuva e frio, bjs
ResponderEliminarUm Outono que começa a esfriar...
EliminarObrigada, Zulmira!
Beijos :)
Os pais têm um dom, o de cuidar das suas meninas :) Beijinho
ResponderEliminarE nunca esquecemos esse dom, pois não?
EliminarBeijos, GM :)
Muito bonito.
ResponderEliminarObrigada, Poeta! Pela visita e pelas palavras! :)
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