quinta-feira, setembro 10, 2015

Entrega

(Marc Chagall)


Sabiam que o amor não era eterno. Tinham tropeçado nele, como se enredados no novelo de lã a ser dobado, pacientemente, pela mãe que a destina aos primeiros carapins do filho prometido. E é com a ternura, a luz, o enlevo de mãos amantíssimas que, a cada dia, se entregam um ao outro como se fosse, a um tempo, a primeira e a última vez.


28 comentários:

  1. Nada é eterno, mas enquanto dura pode ser, e (é)terno

    Abreijo Maria Tu

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  2. Este sim, é um quadro verdadeiramente feliz :)

    Beijinhos, Maria.

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    1. Chagall ajuda sempre à aura de felicidade. :)

      Beijos, Cláudia. :)

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  3. Querida Maria Eu,
    Talvez por isso o vivam eterno. Terno, da ternura amarrotada nos lençóis, de Mourão-Ferreira. Num infinito pessoal.
    Boa noite,
    Outro Ente.

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    1. E o que eu gosto dessa ternura de Mourão-Ferreira!

      Boa noite, caro Ente. Beijinho. :)

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  4. A eternidade é um mito
    ou melhor
    é aquilo que não acaba
    enquanto existimos

    (amor? sou especialista! Acredita?)

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    1. SE tu o dizes, só posso acreditar! :)

      Beijinhos, Rogério. :)

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  5. Há sempre uma ternura morna e doce nas curvas de Chagall. Também a vês, não vês, Maria? :-)
    Beijos, muitos.

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    1. Sempre! Chagall é poesia, ingenuidade, doçura.

      Beijos, Susaninha. :)

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  6. O amor não é eterno??
    Olhe que pode ser.
    E na minha vida já tive vários exemplos disso mesmo.

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    1. Claro que pode ser. Há que cultivá-lo. :)


      Beijinhos, Pedro.

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  7. Existem muitos amores duradouros basta alimenta-los e a entrega é fundamental

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  8. Será que quando se dá como adquirido que o amor não é eterno, o envolvimento já está a vacilar?
    Beijo, Maria.

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    1. Ou é a forma de melhor se defenderem do seu fim, através de uma entrega total e permanente. :)

      Beijos, Isabel. :)

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  9. Tanta pressa temos de fazer, escrever e deixar ouvir a nossa voz no silêncio da eternidade, que esquecemos a única coisa realmente importante: viver.
    Há dentro de nós a exigência absoluta de sermos eternos e a certeza de o não sermos.
    No Amor queremos que tudo seja eterno, mas a natureza impõe que tudo “acabe.”

    Bom fim de semana Maria, por aqui vamos ter três dias e duas Noites Brancas! :))

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    1. Começo por pedir desculpa por estar a meter-me onde não sou chamada, mas não estou a conseguir resistir. Fiquei cheia de vontade de dizer que "...fazer, escrever e deixar ouvir a nossa voz no silêncio da eternidade..." também é viver. Na vida há espaço para tudo se quisermos. E também acho que é precisamente o facto de não ser eterna que torna a vida mais preciosa. Ou pelo menos eu, não gostava de ser eterna.
      Mais uma vez desculpe-me a intrusão. Cumprimentos.

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    2. Viver é um conjunto infinito de múltiplas coisas. O amor é eterno porque nós estamos impregnados dele. Só o dirigimos a alguém em particular num ou noutro momento da nossa vida. Pode é não se eternizar num determinada pessoa.

      Beijos aos dois. :)

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  10. Entregam-se com a urgência
    que os pincéis requerem
    no óleo da primavera.
    Um dia virá a traça
    que traça a inevitabilidade
    da rotura dos fios.

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    1. Ou morrerão antes que os fios se rompam. :)

      Beijos, Agostinho. :)

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  11. O amor está sempre a desafiar nossa sabedoria.
    Cadinho RoCo

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    1. Por isso é tão cobiçado. :)

      Beijinhos, Cadinho Roco. :)

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  12. Tantas formas de Amor...
    mas uma quase permanente insatisfação.
    Chagall, é um amor eterno.

    Beijinho

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    1. Sempre buscando mais.
      Chagall é mesmo uma representação perfeita do AMOR.

      Beijinhos, anamar, e obrigada pelas palavras. :)

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  13. Uma descrição poética e sensível de um quadro magnífico de Chagall.

    Um beijinho e bom fim de semana

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  14. Que bonito texto sobre o amor e bela escolha este quadro do Chagall :-))
    um beijinho Maria e boa semana

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