(Hisano Hisashi - 1939)
Elegy for the Living
We wash up side by side
to find each other
in the speakable world,
and, lulled into sense,
inhabit our landscape;
the curve
of that chair draped
with your shirt;
my glass of water
seeded overnight with air.
After this bed
there’ll be another,
so we’ll roll
and keep rolling
until one of us
will roll alone and try to roll
the other back — a trick
no one’s yet pulled off —
and it’ll be
as if I dreamed you, dear,
as if I dreamed this bed,
our touching limbs,
this room, the tree outside alive
with new wet light.
Not now. Not yet.
to find each other
in the speakable world,
and, lulled into sense,
inhabit our landscape;
the curve
of that chair draped
with your shirt;
my glass of water
seeded overnight with air.
After this bed
there’ll be another,
so we’ll roll
and keep rolling
until one of us
will roll alone and try to roll
the other back — a trick
no one’s yet pulled off —
and it’ll be
as if I dreamed you, dear,
as if I dreamed this bed,
our touching limbs,
this room, the tree outside alive
with new wet light.
Not now. Not yet.
KATHRYN SIMMONDS
Elegia aos vivos
Elegia aos vivos
Lavamo-nos lado a lado
para nos encontrarmos
no mundo dizível
e, embalados até à percepção
habitamos a nossa paisagem
a curva
daquela cadeira drapeada
com a tua camisa
o meu copo de água
insuflado com ar durante a noite.
Depois desta cama
haverá uma outra
e assim rodamos
e continuamos a rodar
até que um de nós
rode sozinho e tente rodar
o outro de volta - um truque
que ninguém conseguiu, ainda -
e seria
como se eu te tivesse sonhado, querido,
como se eu tivesse sonhado esta cama
os nossos membros tocando-se
este quarto, a árvore lá fora, viva
na luz recente e húmida.
Não agora. Não ainda.
KATHRYN SIMMONDS, traduzida por Maria Eu
para nos encontrarmos
no mundo dizível
e, embalados até à percepção
habitamos a nossa paisagem
a curva
daquela cadeira drapeada
com a tua camisa
o meu copo de água
insuflado com ar durante a noite.
Depois desta cama
haverá uma outra
e assim rodamos
e continuamos a rodar
até que um de nós
rode sozinho e tente rodar
o outro de volta - um truque
que ninguém conseguiu, ainda -
e seria
como se eu te tivesse sonhado, querido,
como se eu tivesse sonhado esta cama
os nossos membros tocando-se
este quarto, a árvore lá fora, viva
na luz recente e húmida.
Não agora. Não ainda.
KATHRYN SIMMONDS, traduzida por Maria Eu
Querida Maria Eu,
ResponderEliminarQue bom. Rodar o outro de volta...
Bom fim de semana,
Outro Ente.
Rodar, rodar, rodar! :)
EliminarBom fim de semana para si, também.
Beijinho, caro Ente. :)
Para além de escritora és uma excelente tradutora...
ResponderEliminarTento, Jorge! Tento! :)
EliminarRodemos para que volte nem que seja em sonhos. Beijos Maria :)
ResponderEliminarRodar, como se girando num carrossel! :)
EliminarBeijos, GM. :)
Há intermitencias no dar
ResponderEliminarNo rodar
Mais uma volta no andar
Será que volta?
Quem sabe, Agostinho?
EliminarBeijinhos. :)