Há um sinal pequeno
uma estrela do lado
esquerdo do peito
Refulge, a estrela
sinal pequeno do lado
esquerdo do peito
Um coração bate
por baixo da estrela
O coração refulge.
(Dhafer Youssef - Whirling Birds Cerimony)
Eram as folhas. As folhas tinham caído sem pré-aviso e faziam um ruído debaixo dos pés dos transeuntes que soava ao que mil coelhos produziriam a comerem, cada um, uma cenoura.
Irritavam-na ruídos que se sobrepunham aos habituais: vozes, risos e choros de crianças, um ou outro automóvel, a chuva a bater nas vidraças…
Talvez
fosse da cada vez mais insidiosa solidão, fruto de um tempo a que chamavam de
“novo normal”, essa irritação. “Novo normal”! Como se se pudesse apelidar de
normal, fosse ele novo ou velho, à morte da vida social, à separação das
famílias, à reclusão forçada.
Estranhava-se. Estranhá-la-iam?