terça-feira, fevereiro 03, 2015

Espera


(Loui Jover)

Como esta
       
          coitado do mário cesariny
               coitado dele e também do álvaro de
               campos e também de mim que
               sei da solidão que me farto

como esta sau
dade vita
lícia preenche
a tua ausência

como se prende
ao teu lugar
com fundas, férteis,
tuas raízes

morada que
tu habitas
com ela te
reconcilias

tem o teu nome
a tua idade
senta-se à mesa
no teu lugar

Manuel António Pina





No centro da minha espera, jaz a forma exacta do teu corpo, pronta a receber-te quando vieres.

14 comentários:

  1. Os lugares são
    a geografia da solidão.
    São lugares comuns a casa a cama.

    ( saudades brutas do Pina)

    Boa noite,Maria

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    1. Fazia a casa com desenhos singulares, bem como a vida.

      Beijinhos, JM!

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  2. Nunca espero
    Não sei e nem quero
    Vou sempre ter
    Seja o que for
    Onde estiver
    Seja coisa, ou sonho
    Ou mulher

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    1. Mas, de vez em quando, há períodos de ausência que trazem saudade.

      Beijinhos, Rogério! :)

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  3. Por vezes...precisamos ser pacientes, mas não ao ponto de perder o desejo; devemos ser ansiosos, mas não ao ponto de não sabermos esperar.!:)

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  4. Há sempre uma forma para a nossa pele :)
    Beijinhos Maria

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  5. Boa tarde, sem a saudade, o amor desaparece, poema é magico.
    AG

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  6. Depois de longa espera, há-de vir a primavera...
    :)

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    1. Pode até ser curta mas igualmente sofrida.

      Beijinhos, Rui! :)

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  7. Eu que gosto do Pina...
    Tinha andado por aqui mas, pelos vistos ardeu.
    Quem espera sempre... desespera.
    Bj

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    1. Eu também gosto muito. Tanto que transcrevi o poema do livro já que não existia na internet.
      (ardeu?)

      Beijo, Agostinho. :)

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