(Sylvia Plath)
Sylvia Plath (1932-1963), mulher de uma escrita intensa, profunda, confessional, dada a depressões que a levam a várias tentativas de suicído. De um amor à primeira vista, casa (1955) com Ted Hughes, vivendo apaixonados e prolíferos em versos onde sentimentos fortes explodiam.
(Ted Hughes e Sylvia Plath)
Ted não resiste, porém, ao encanto de Assia Wevill, uma refugiada alemã e, em 1962, Sylvia parte para Londres com os dois filhos pequenos, após a separação.
No ano seguinte, suicida-se em casa, enquanto os seus filhos dormiam, metendo a cabeça no forno, após ligar o gás.
A Love Song de Ted Hughes é um grito, um arrancar do coração, das entranhas desse amor que os construiu e os destruiu. A Love Song de Sylvia é, também, um grito. Um grito mais fundo ainda, talvez, porque reconhece a loucura da rapariga que o escreve, Sylvia, ainda tão menina, tão frágil, ferozmente frágil, diria, apesar de parecer contraditório.
(Tragicamente, Hughes perderá Assia que se suicida copiando Sylvia e metendo a cabeça no forno, matando também a filha de ambos e, mais tarde, o filho que tivera com Sylvia também se enforca, pondo termo à vida.)
Mad Girl's Love Song
I shut my eyes and all the world drops dead;
I lift my lids and all is born again.
(I think I made you up inside my head.)
The stars go waltzing out in blue and red,
And arbitrary blackness gallops in:
I shut my eyes and all the world drops dead.
I dreamed that you bewitched me into bed
And sung me moon-struck, kissed me quite insane.
(I think I made you up inside my head.)
God topples from the sky, hell's fires fade:
Exit seraphim and Satan's men:
I shut my eyes and all the world drops dead.
I dreamed that you bewitched me into bed
And sung me moon-struck, kissed me quite insane.
(I think I made you up inside my head.)
God topples from the sky, hell's fires fade:
Exit seraphim and Satan's men:
I shut my eyes and all the world drops dead.
I fancied you'd return the way you said,
But I grow old and I forget your name.
(I think I made you up inside my head.)
I should have loved a thunderbird instead;
At least when spring comes they roar back again.
I shut my eyes and all the world drops dead.
(I think I made you up inside my head.)
Syilvia Plath
(Margarita Sikorskaia)
Canção de Amor de uma Rapariga Louca
Cerro os olhos e o mundo inteiro morre
Abro as pálpebras e tudo renasce
(Acho que te inventei dentro da minha cabeça.)
Valsam as estrelas, em vermelho e azul
Entra, galopando, uma escuridão arbitrária:
Cerro os olhos e o mundo inteiro morre.
Sonhei que me enfeitiçavas até à cama
Me alucinavas cantando; me beijavas enlouquecido.
(Acho que te inventei dentro da minha cabeça.)
Abate-se Deus do céu; suaviza-se o fogo do inferno:
Desaparecem os serafins e os homens de Satã:
Cerro os olhos e o mundo inteiro morre.
Imaginei que voltarias como prometeste
Ah, mas envelheço e esqueço o teu nome.
(Acho que te inventei dentro da minha cabeça)
Deveria ter amado um falcão, em vez de ti
Pelo menos, com a primavera, regressam aparatosamente
Cerro os olhos e o mundo inteiro morre:
(Acho que te inventei dentro da minha cabeça.)
Sylvia Plath traduzida por Maria Eu
"Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura."
ResponderEliminarFriedrich Nietzsche
Bom Domingo, Maria:)
Nada a acrescentar.
EliminarBeijinhos Marianos, Legionário, e boa semana! :)
Ui que enredo macabro...
ResponderEliminarMas que tem por detrás pessoas de uma enorme intesidade e sensibilidade. Elas escreveram palavras que, juntas, são fogo de artifíco!
EliminarBeijinhos Marianos, Til, e boa semana! :)
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ResponderEliminar.
. e de.dentro da minha cabeça . nasceram versos . que são poemas . e poesia . :) .
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. um beijo meu .
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Dentro da minha cabeça também nascem coisas incríveis! Às vezes, diria, inacreditáveis!
EliminarBeijinhos Marianos, Paulo, e obrigada pelas palavras! :)
O encanto perverso da loucura.
ResponderEliminarTemos sempre uma certa atracção pelo abismo...
EliminarBeijinhos Marianos,Miak! ;)