Era de uma nudez ostensiva e branca, de uma daquelas brancuras onde o emaranhado das veias transparecia acintosamente. Diziam-lhe que devia cobrir-se, evitar expor a olhares alheios uma tal crueza. Sem saber como camuflar-se, aprendeu a bordar, desenhando flores na pele a agulha e linha.
Os seus escritos é que são verdadeiros bordados.
ResponderEliminarAs palavras e os pensamentos também se bordam :))
ResponderEliminarBjos
Votos de uma óptima Terça- Feira.
Não bordes palavras já gastas
ResponderEliminarBorda
Palavras-adubo
Palavras-semente
e mostra
teu seio a toda a gente
Bonitas palavras, imagem e música ! Obrigado Maria por mais um momento muito agradável !
ResponderEliminarTenho pena de não perceber a letra da música, mas gostei da melodia, que também parecia um bordado!
ResponderEliminarAs palavras, bem bonitas! A nudez é sempre impactante, não me espanta nada o bordar na pele!
Boa semana!
Palavras bordadas à flor da pele
ResponderEliminarQue bordado lindo Maria :)
ResponderEliminarBjinho
Belo Post Maria, bordado de encantos:)
ResponderEliminarÉ doloroso ir pela cabeça dos outros... Gostei muito.
ResponderEliminar"acintosamente", Maria,
ResponderEliminara meio do geocorporal traçado? Provavelmente rios a azul.
Podia haver alternativa
(ou não),
mas escolheste outra palavra
decisiva, incisiva - "crueza".
Daí a razão das agulhas escolhidas. Poderia o corpo preferir
prenunciar o verbo ferir
dissimular-se tatuado?
Dispensava-se a linha.
Bem sei que a linha alinda
o tacto do olhar.
O tacto...
mas de que cor sem dor?
Este palavreado, o meu, era dispensável, não fora a minha admiração pelos caminhos que abres às palavras.
Bj, Maria Eu.
Bonito!
ResponderEliminarFez-me lembrar o manon des sources. Ugolin apaixonado, cose uma fita da amada na pele sobre o coreção
*coração
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