(Robert Mapplethorpe: Flowers - Artsy)
Havia tempos que Maria Inês começara a afastar-se. Não encontrava explicação para essa ânsia de se libertar da presença do outro. Era como se apenas se aquietasse no exílio.
Ia-se perdendo num caminho longo, surda a palavras que não as que guardava no pensamento.
José olhava-a em desassossego, sem que soubesse como alcançá-la, até que iniciou um caminho longo para se encontrar com ela na sua solidão.
(Asaf Avidan -Small Change Girl)
Brilhante publicação :))
ResponderEliminarHoje :-
Existem sussurros na brisa.
Bjos
Votos de uma óptima Segunda - Feira
Beijo, Larissa! :)
EliminarEle há coisas!... esta manhã percebi que a única forma que conheço de encontro entre pessoas só pode ocorrer na solidão de cada um. :)
ResponderEliminarMy ladykina, ele há mesmo coisas! :)
Eliminar(...) "as" palavras (...)
ResponderEliminarDesculpe?
EliminarNão. A frase é "(...)surda a palavras que não as que guardava no pensamento".
EliminarEla é surda a palavras que não estejam guardadas no seu pensamento, não são as palavras que são surdas.
"There's a suggestion of death, of Mapplethorpe's own mortality." Shortly before he died, the artist sent his friends copies of a photograph of wilting tulips in a black vase."
ResponderEliminarThere could be such an interpretation as the tulips are kind of fainting. However, the stalk and the flower itself seem healthy, only in search of a certain (unusual) direction.
EliminarQue bonito Maria!
ResponderEliminar:)
Obrigada, S!
EliminarBeijo :)
releia o texto, vai reparar que falta um "s"
ResponderEliminar"as palavras"
Releia o senhor e interiorize o contexto, sff, Anónimo.
EliminarA frase está correctíssima: " Ia-se perdendo num caminho longo, surda a palavras que não as que guardava no pensamento."
Pensaria que a autora queria dizer "às palavras?"...haja santa paciência!
Peço imensa desculpa Maria Eu, por me intrometer em casa alheia, mas gosto de a ler e já andava a rebentar pelas costuras, com estes reparos sem razão nem fundamento...ainda que os houvesse...olha agora!
Bom fim-de-semana e as minhas desculpas, uma vez mais.
Obrigada!
EliminarBom domingo para si!
Isto já são Marias a mais prá minha camionete. São primas pelo menos? :)
ResponderEliminarJá dizia o meu filosofo preferido, não há passos divergentes para quem se quer encontrar
quem não quer, o melhor mesmo é que cada um vá à sua vida
A musiquinha não conhecia, e já está na minha lista para sempre
Mais a Maria, eu! :))
EliminarUma jóia, Asaf Avidan, mesmo!
O encontro de dois solitários costuma dar grandes resultados ...
ResponderEliminarCaminhos paralelos que, ainda assim, se encontram.
EliminarBeijinhod, Pedro:)
Com certeza acabam por se reencontrar.
ResponderEliminarBonito Maria.
Beijinhos
Pelo jeito da curva, certamente se reencontram.
EliminarBeijo, GM, e obrigada! :)
Um passo solitário atrás de outro, combinando duas solidões ou, quem sabe, resgatando ambos da solidão .
ResponderEliminarBeijos, KK :)
a Maria sabe mais que eu :D
ResponderEliminarIsso agora... :)
EliminarA solidão é sempre a nossa fiel companheira...
ResponderEliminarBom sábado!
Também sabe bem,certo tipo de solidão!
EliminarBeijo, LA
Só podem reencontrar-se nessa solidão procurada por ela e entendida por ele… Um texto muito belo e cheio significado.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
Uma alma ao encontro da outra.
EliminarObrigada, muito, Graça
Bom Domingo e um beijo .
"José... com ela na sua solidão. "
ResponderEliminarDesconfio que "sua" dele é dela. Se assim for o estado da solidão é perfeito por haver um vazio total. Os dois com os pés dentro com vontade de pintar as paredes de cores transparentes e quentes que os eleve e leve até à exaustão da felicidade. Onde? Em qualquer cidade, em qualquer chão.
Isto aqui há sempre uma leitura com emoção.
Um beijo, Maria.
Que coisas bonitas dizes, Agostinho!
EliminarMuito obrigada e um beijinho
Talvez nem saiba que são todos teus. Apenas gosto de os ler! :)
ResponderEliminarBeijo e bom Domingo