Maria Eduarda já não pensava naquela coisa absurda da paixão. Os anos tinham-na amadurecido o suficiente para saber que nada substituía a calma dos dias de Outono, com um chá de rooibos e uma torrada numa mesa de esplanada, junto ao mar, acompanhados por um livro e Chet Baker no headphones.
Até ao dia em que José tropeçou na cadeira que ela arrastara levemente do sítio original para esticar as pernas. Não sabia explicar se fora a voz em tom meio atrapalhado, se o olhar franco, se o toque inesperado de uma mão... Sabia, apenas, que nada foi igual dali para a frente.
Esboça um sorriso terno, sentada na mesma esplanada, com a imensidão do mar no olhar, pensando para com os seus botões que nada do que se toma por certo é definitivo e que a paixão, afinal, para além de não se esquivar de surgir em qualquer sítio, também perdura para além do pouco tempo que lhe auguram.
Com um suspiro, bebe um gole de chá e retoma o livro que segura na mão direita, enquanto aperta a de José com a esquerda.
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Maria, a voz da paixão é melhor do que a voz da razão. Quem não tem paixão não pode mudar a história…
ResponderEliminarDE fazer tremer! :)
EliminarBeijinhos, Legionário. :)
Maroto, sempre a pregar partidas, o Cupido. :)
ResponderEliminarUm beijinho, Maria.
Bom Domingo.
É um traquina!
EliminarBeijos, Té. :)
Que momento maravilhoso, Maria, até me vieram as lágrimas tona :)
ResponderEliminarFica um beijo e um abraço de coração.
Muito obrigada, Sandra! Uma história feliz.
EliminarBeijos e um abraço igual ao teu. :)
Há momentos que nasceram, para se eternizarem, noutros momentos...
ResponderEliminarBoa tarde Maria TU
Quando menos se espera... o amor acontece :) Beijinho Maria
ResponderEliminarEsse malandreco itinerante! Será ciclista? ;)
EliminarBeijos, GM. :)
Paixão! Mesmo muito breve é um grande acontecimento na vida de uma pessoa :)))
ResponderEliminarbjs
Se é, papoila!
EliminarBeijos. :)
Foi só um pequeno tropeção e afinal, veja-se no que deu. :)
ResponderEliminarDeu numa bela história! :)
EliminarBeijos, Luísa. :)
Tenho a impressão
ResponderEliminarque não é bem a isso que se chama paixão
talvez amor
(seja lá isso o que for)
Deve ser bom, seja uma ou outra coisa. A Maria Eduarda que o diga!
EliminarBeijinhos, Rogério. :)
Com Chet Baker... Infalível!
ResponderEliminarNormalmente, quando se deixa de procurar, de pensar tanto no que desejamos, é que encontramos. A desfocagem pode permitir-nos ver mais largo e longe.
Boa semana, Maria.
Há quem tenha esse golpe de sorte, sim. E o Chet é "aquela coisa"! :)
EliminarBeijos, Isabel. :)
Um intervalo não faz mal.Abraço
ResponderEliminarPelo contrário, não achas, Delfim?
EliminarBeijinhos. :)
O Chet Baker dá sempre um jeito à cadeira para que as pernas se distendam e as mãos se estendam.
ResponderEliminarQue paixão, que amor, eu digo felicidade, para que a conjunção elementar acontecesse e a posterior conjugação se fizesse.
Muito boa, a prosa, Maria. Ainda um dia gostava de ler o romance integral.
Oh, Agostinho, tu valorizas em demasia estes pequenos textos! Mas agradeço do fundo do coração! :)
EliminarBeijinhos. :)
Experimenta juntá-los, colá-los, harmonizá-los com trechos, como se estivesses a construir uma casa. Vais à sala, interrompes o tuque e dás um salto à cozinha ladrlhar...
EliminarPor vezes, basta um simples esticar de pernas :)
ResponderEliminarUm beijinho, Maria
Bem prosaico, não é?
EliminarBeijos, Miss Smile. :)
E num segundo encontramos a eternidade. Tão bonito este teu texto, Maria :)
ResponderEliminarA paixão está mesmo ali ao virar da esquina, em todas as ruas da vida, em nós.
Deixo-te um beijo :)
(obrigada. muito)
EliminarEstá à espera que a encontremos. Às vezes engana~se na morada e nunca aparece....
Beijos, Castiel. :)
A paixão é intemporal! Tão bonito!
ResponderEliminarBeijinho
Concordo que é intemporal.
EliminarBeijos, Maria. :)
Sou o exemplo vivo de paixões que aparecem onde e quando menos se espera.
ResponderEliminarEm Macau, em plena China.
E já passaram 19 anos de vida em comum, 18 de casamento.
Beijinhos, boa semana
Que bom, Pedro!
EliminarBeijinhos e bom restinho de semana. :)
Das paixões às botas de montanha e mochila às costas pelos montes perdidos nada muda ao longo da vida, assim haja esplanadas à beira-mar e pernas para caminhar :)
ResponderEliminarAssim possamos fazer isso tudo!
EliminarBeijinhos, Ness. :)
Roibos, o meu preferido :)
ResponderEliminarBom gosto, o da Maria Eduarda.
Beijos, Mary :)
Eu também gosto muito.
EliminarBeijos, Lindona. :)
O chá, esse líquido retemperador, temperando a paixão?
ResponderEliminarBom dia Maria Eu.
um beijinho,
Mia
Um chá vai bem em qualquer ocasião. Gelado, no Verão e bem quente, no Inverno.
EliminarBeijos, Mia. :)
Lindo texto!!
ResponderEliminarDeixou-me a sorrir.
Gosto disso! De te fazer sorrir!
EliminarBeijos, Inês. :)